terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A ferida

Perdido em mim já não sei como voltar.

Perdido em algum lugar que preciso encontrar.

Perdido em algum momento no tempo, na história, no sentimento.

A mente engana, o coração inflama e o corpo reclama.

Cavar fundo, fundo e mais fundo.

Tiro a casca e cutuco a ferida esquecida.

Se doer, não vou remoer, mas quero morrer.

Se eu encontrar vou dissecar e talvez curar.

Preciso disso pra me libertar, respirar, relaxar.

Se eu remover a ferida, no ponto de partida,

Vou poder viver, não vou mais sofrer e não vai mais doer.

Jean Michel Torres.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mergulhar ou molhar os pés?

Por esses dias tenho me perguntado se devo mergulhar ou molhar os pés. Como devemos reagir diante de uma situação de paixão?

Qual a medida entre sentimento e razão?

Tem dias que o sentimento te atropela, te invade, tira o ar... E agora o que faço?

Me jogo de cabeça e vivo intensamente a paixão, sem medo, sem pudor, com total entrega?

Confiança se conquista com o tempo. Mas e quando não houve tempo para isso?

Será que há rede lá embaixo? Será que há água na piscina? Será que há alguém para me segurar?

Já mergulhei tantas vezes e quebrei a cara. Nem sempre o mergulho valeu a pena. Na maioria das vezes a dor da queda foi maior que a alegria do salto.

Mas toda queda me ensinou algo. Todo mergulho foi único. E toda recuperação me fortaleceu.

De que vale passar por esta vida sem viver a intensidade da paixão? Pra mim é como viver pela metade. É deixar o medo e a insegurança me dominar. E isto eu não admito.

Quando a vida me coloca diante do trampolim minhas pernas tremem. O coração palpita, a boca seca.

Quero acreditar que os anos me fizeram um melhor mergulhador. Não mergulho mais pensando apenas no que me espera lá embaixo. Observo a beleza da vista do topo do trampolim. Deixo a energia tomar conta de mim, fecho os olhos e salto. A queda livre me liberta, me renova, me invade. É um momento único e raro.

Definitivamente não quero viver a segurança de uma vida sem paixão. Não quero o sorriso amarelo dos que não saltaram, não viveram, não amaram. Quero a vida, a paixão e o amor.

Se pudesse escolher um momento, uma cena para registrar, com certeza seria o momento em que me falta o ar, logo após saltar.

Mais uma vez estou no topo. Que vista!

Jean Michel Torres.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Comece por você

"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. Estas atitudes se refletirão em mudanças positivas no seu ambiente familiar. Deste ponto em diante, as mudanças se expandirão em proporções cada vez maiores. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto."

Dalai Lama.

Linda citação de Dalai Lama. Nada mais verdadeiro. Se queremos transformar o mundo, precisamos ter o foco inicial em nós mesmos. Mude a sua vida, seja exemplo para os que te cercam. É contagiante.
 
Você já viu uma árvore podre dar bons frutos? E uma árvore boa dar frutos podres? Claro que não. Os frutos virão de acordo com a árvore. Fortaleça a sua vida, procure suas raízes, erga seu tronco, abra seus galhos em direção a luz, mostre a ela suas folhas e capture a energia do astro rei. Floreça, embeleze o mundo ao seu redor e quando for a hora certa, irá colher os mais suculentos frutos.
 
A natureza se repte tantas vezes em nós mesmos e nem nos damos conta. Nos afastamos tanto da criação que nos sentimos a parte de tudo isso. Mas não somos. Estamos abusando de nós mesmos, nos colocando à beira da extinção e não tomamos nenhuma atitude.

Por que será que o homem se afastou tanto de suas origens? Por que será que ao invés de se carregar da energia vinda do sol, de uma bela paisagem, de colocar o pé na terra, na areia, de mergulhar nas águas do mar, de um rio, de se refrescar na queda de uma cachoeira o homem busca a energia do dinheiro, do poder, de subjugar?

Por que ao invés de unir forças para transformar o mundo em um lugar único, para todos, continuamos a dividir, subtrair, eliminar e ameaçar?

Não consigo entender porque se perde tempo e dinheiro construindo máquinas de guerra e armas ao invés de gastar recursos para alimentar as bocas famintas. Por que perdemos tempo descobrindo armas biológicas ao invés de encontrarmos a cura para tantos males que existem pelo mundo.

Como pode ser mais importante chegar a lua, marte ou qualquer outro orbe, enquanto nossos irmãos precisam fugir de seus países carregando seus familiares famintos para se alojarem em campos de refugiados?

Eu quero muito que o mundo seja diferente. Mas diferente da maioria eu não apenas quero. Eu busco condições de me transformar para poder transformar o mundo ao meu redor. Eu começo com pequenas atitudes que se perderam no tempo como a gentileza, a educação, o respeito pelo meu semelhante.

Sei que ainda é pouco e para isso estou me cercando das ferramentas que encontro, como cursos e palestras sobre voluntariado.

Não vou ficar listando as atividades das quais participo pois acredito que a caridade verdadeira não deve vir acompanhada de sua exibição, pois se torna ferramenta do orgulho e da vaidade. A caridade deve ser um trabalho seu, silencioso para não humilhar nem expor a quem estamos ajudando. Com exceção é claro de trabalhos de divulgação para uma determinada causa.

Mas essa é a minha história, que tento escrever de forma mais bonita e da qual eu possa um dia olhar pra trás e não ver que apenas passei por este mundo, mas que sim eu dei minha contribuição para a construção de um lugar melhor para mim e para todos. E você? Qual a história que será escrita por você?

Vamos escrever juntos?

Jean Michel Torres.



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Amor Sublime Amor

Quem nunca se sentiu apaixonado? É um sentimento avassalador não é mesmo? Toma conta da gente, é mais forte que a gente. A paixão nos faz ter atitudes e pensamentos que não teríamos em um momento mais tranqüilo. Muitas vezes a paixão vem acompanhada do ciúme. Temos um medo de perder aquela pessoa para alguém. É como se alguém pudesse nos tirar o ar que respiramos. É um aperto no peito, o estômago parece ter borboletas lá dentro. O sangue ferve.

O amor é mais sublime, é um sentimento mais calmo, mais sereno. O amor é livre do ciúme. Mas quem ama não vive a paixão? O amor é menos tórrido, é só calmaria? Não seria sem graça? Não, não é bem assim.

O amor é o equilíbrio. É uma conquista pessoal relacionada ao outro. Amar é quase como vivenciar o fogo da paixão misturado com uma brisa refrescante. Não queima mas tem calor. Não é frio mas refresca. É um estado de espírito a se conquistar.

Quando o amor supera a paixão e o ciúme, toda a energia do relacionamento se torna apenas amor. É a mesma energia que impulsiona a paixão e o ciúme redirecionada para o amor. Tornando o amor ainda maior e verdadeiro. Mais seguro e pleno.

Mas não pense que é simples e que um dia se alcançando esse sentimento, ele estará lá intacto e para sempre. É preciso ficar alerta. É preciso manter esse equilíbrio. Estamos acostumados aos padrões antigos. É muito fácil vacilar e voltar o desequilíbrio e desarmonia.

Ao mesmo tempo há de se comemorar essa conquista, pois chegar até onde se chegou também não foi fácil. É algo tão bonito e tão rico de se vivenciar. É além do que pensamos que poderia existir. É além do que achamos e sabemos que somos capazes. Somo capazes de muito mais, de sentimentos mais sublimes e verdadeiros. Estamos apenas despertando para isso.

Mas toda conquista é um tesouro que deve ser mantido em local seguro. É necessário estar alerta para não perder esta conquista. Osho diz que “Quando você não tem nada a perder você pode estar inconsciente, você pode cair no sono, não há problema algum. Mas quando você tem algo a perder — e isto é algo precioso — esteja mais alerta, esteja mais consciente.”

Você descobriu um tesouro e deve guardá-lo com você.

Esse texto é uma interpretação dos ensinamentos de Osho*.

Jean Michel Torres.

*Osho é um dos mestres espirituais mais provocativos do século XX. Desde os anos 70, ele chamou a atenção de todos que se interessavam por meditação e técnicas de autoconhecimento. Mesmo depois de sua morte, em 1990, seus ensinamentos continuam se difundindo pelo mundo, influenciando buscadores de todas as idades e países.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Voluntariado e Transformação Social

Essa semana eu assisti à uma palestra muito legal no Centro de Voluntariado de São Paulo, chama-se "Voluntariado e Transformação Social". Essa palestra é um primeiro passo para aqueles que querem se envolver no trabalho voluntário mas ainda não sabem como começar.

Essa palestra ajuda a entender um pouco sobre o que é ser voluntário, como e em que setores podemos atuar, sobre legislação vigente sobre voluntariado e outros assuntos ligados à área.

Acho que a mensagem principal dessa palestra é entender que voluntariado está diretamente ligado a uma palavra chave: ATITUDE.

Somente a atitude pode nos transformar em pessoas melhores e em cidadãos melhores. Muitos de nós já sabem que é preciso arregaçar as mangas se quisermos construir um mundo melhor; se quisermos transformar o mundo em que vivemos.

A atitude está desde o não jogar lixo nas ruas (isso inclui até mesmo a bituca do cigarro), em auxiliar um idoso a atravessar a rua, a ceder lugar em ônibus e metrôs para aqueles que precisam mais que a gente.

Atitude está em enxergar além do Eu. É entender que o mundo é um só e que realmente estamos interligados, e que nossas atitudes afetam diretamente o nosso entorno. Que educação se dá pelo exemplo.

Não tenha vergonha de ser diferente da maioria. Não hesite em começar uma campanha em seu prédio ou comunidade. Muitos acharão que você está se preocupando a toa, que ninguém se importa ou que uma andorinha só não faz verão.

Não importa! Não se deixe abater. Acredite no que você se propôs a fazer e faça. Você verá que também aparecerão as pessoas que acreditam no que você está falando e fazendo. Você verá que alguns torcerão o nariz mas acabarão cooperando. Alguns te enxergarão como um exemplo a ser seguido e irão te apoiar ou simplesmente se espelhar em você para iniciarem a própria mudança.

Se eu de alguma forma te fiz enxergar que é necessário fazer algo. Se eu plantei a sementinha do “juntos podemos fazer diferente”, eu terei provado ao menos a você que é possível mudar nossas atitudes com relação ao mundo. Faça o mesmo!

Jean Michel Torres.

Mais informaçõe sobre o Centro de Voluntariado de São Paulo:
Tel - 11 3284-7171
http://www.voluntariado.org.br/
 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O seu Jardim

Já repararam que tem dias que acordamos e parece que não deveríamos nem ter saído da cama?

Parece que tudo neste dia nos irrita e nos atrapalha e uma sucessão de coisas começa a dar errado.

E nestes dias nós costumamos lamentar, resmungar, xingar e assim vai. Parece que tudo vai piorando. É como uma bola de neve.

Já reparou que tem épocas em que parecemos curva de rio? A correnteza só traz lixo e encostos. Em relacionamento então isso fica mais evidente. Só aparece gente louca e desequilibrada.

Comece a prestar atenção em sua vida. Isto está acontecendo com frequência? Pare de se perguntar por que a vida está lhe mandando isso e comece a questionar por que você está atraindo isso.

Quando não cuidamos do jardim ele se enche de ervas daninhas, lixos, começa a atrair moscas e outros insetos e assim vai.

Comece a reforma. Jogue fora tudo que não tem mais serventia. Comece pelas roupas, papéis, objetos de decoração e siga por uma limpeza interna. Jogue fora as mágoas, angústias, pensamentos que não servem para sua melhoria. Se livre de todos eles. Abra espaço para o novo, para uma roupa nova, uma nova cortina, uma nova idéia e até mesmo um novo amor.

Agora de jardim limpo, vamos plantar novas mudas. Vamos curtir este processo. Mas não pense que basta apenas limpar e jogar ali umas sementes e tudo irá mudar. É preciso manter a limpeza, regar as plantas e sempre que possível incrementar o seu jardim.

Um belo dia, sentado ali em uma cadeira, descansando e apreciando a beleza deste jardim, você perceberá que tem lindas flores e que estas flores estão atraindo pássaros, borboletas e outras belezas naturais.

Salve esta imagem que se criou agora em sua mente. Sempre que acordar e começar com aquele pensamento de que nem deveria ter levantado da cama, pare, respire fundo, feche os olhos e veja o seu jardim. Encontre refúgio neste espaço que é seu, que é belo e te traz paz.

Faça disso uma prática constante e perceberá que mesmo que o Mundo lá fora desabe, você sempre terá o seu jardim. Tome posse dele e depois me conte se as coisas não estão diferentes, melhores.

Jean Michel Torres.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Remova os obstáculos para a prosperidade fluir!

por Nelson Matheus Silva - matheussilva_frc@yahoo.com.br


Respire fundo! Se suas narinas estiverem obstruídas, como o ar poderá passar?




A vida em suas infinitas formas nos presenteia dia após dia com a sua leveza magistral, com o transcorrer dos acontecimento naturais, inevitáveis, descartando e reciclando o que não é mais útil, fazendo chover onde é necessário, fazendo o sol arder mais nas terras que melhor suportam a sua temperatura, mantendo sempre uma harmonia perfeita, muitas vezes longe do entendimento humano.



Se formos observar o ser humano também, podemos notar exatamente a mesma coisa. A organização das células, as batidas do coração, o funcionamento dos sistemas... Só uma Força maior, sem limites e sem nome poderia conceber tal coisa e uma sincronicidade de eventos internos e externos aparentemente inexplicáveis.



A prosperidade na vida vai muito além da financeira. A prosperidade comporta uma saúde plena, amor incondicional, experiências sem fim, tolerância inabalável, vida longa e muito mais. Sinto que isso estremece alguns que lêem estas linhas, contudo, é essa a condição natural e original do ser humano.



Como saber se sua prosperidade não vai bem? Analise se alguns desses pontos está comprometido!



Na cultura indiana, Sri Ganesh é a Divindade responsável por remover os Obstáculos de nossas vidas. Ele é ainda invocado para trabalhar as imperfeições do caráter humano, pois os orientais compreendem que a prosperidade, em qualquer de suas manifestações, é um resultado de um trabalho interno árduo.



Entendamos que prosperidade não é acúmulo, é fluxo. Tudo que pára em nossa mão não é prosperidade. Porque a prosperidade é movimento puro, ela passa de um para outro e se pára com você faltará para alguém e assim por diante.



Comece por esvaziar seu "Porão Interno". Liberte-se de suas mágoas e você conseguirá amar cada vez mais, perdoar sem limites e terá mais motivos para ser cada vez mais saudável. Esqueça o passado e seu fígado adorará isso! Lembre-se que para a Medicina Oriental o fígado é o filtro das emoções e saiba sempre: se suas emoções vão bem... suas finanças e o resto vão bem! Desprenda-se ainda do controle! Esse, junto ao medo [de qualquer coisa], é o pior veneno contra a prosperidade!



Tudo isso representa obstáculos para você ser pleno! Observe que é uma vida que está em jogo! É o seu direito de ser totalmente realizado nesta vida que está em evidência! Permita-se usufruir tudo que a vida tem para lhe oferecer sem culpa!



Remova os obstáculos e seja feliz porque felicidade não é um lugar onde se busca algo. É simplesmente limpar as gavetas das coisas velhas e ver que elas são perfeitas como são. Então, a mágica se manifestará. Permita-se.



Ganesha Sharanam Sharanam Ganesha!
 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Salvação

Outro dia estava andando de metrô, pensando no ser humano, em suas atitudes, em como temos regras e condições estabelecidas que nos fazem como animais que podem ser observados a distância.

Imaginei alguém ou algo não ser humano nos estudando, olhando de longe. Assim como fazemos com formigas, abelhas. Somos todos animais. As formigas invadiram minha cozinha e dá-lhe inseticida nela. Mas essa casa é realmente minha? Quem determinou? O homem?

O que determina que o homem é o “dono” deste planeta. O que nos torna superiores? A inteligência? Rs... Deve ser a arrogância.

Se percebemos nossa cozinha infestar-se de insetos o que fazemos?

Quando olho para o planeta como que o enxerga de fora, de longe, vejo o ser humano tomando conta do planeta como uma praga. Ele vai se multiplicando, se espalhando, retirando recursos naturais como um parasita, um verme. Vai destruindo o que vê pela frente de deixando seus dejetos para trás. Somos bolor, vermes, comendo e destruindo a superfície da Terra.

Pensamos em Deus. Que Deus é bom. É bom com quem? Se for justo, se amar a toda sua criação, destruiria os seres humanos assim como eliminamos aquelas formigas que invadem a cozinha. Somos egoístas e acreditamos que Deus deva nos proteger. Somos uma espécie de seres assassinos e destruidores. Destruímos a vegetação, o solo, espécies de seres vivos e ecossistemas inteiros.

Um dia virá a salvação! Salvação pra quem? Para nós? Ou para TODO o restante do planeta?

E se ao invés de esperar que Deus desça de seu trono nos céus, você simplesmente despertasse o Deus que existe em você?! E se ao invés de destruir, passássemos a salvar a vida? A nossa e a do planeta.

Hoje o instinto destrutivo prevalece em nome da sobrevivência da colônia. Somos igualmente inteligentes a uma formiga? Ou somos parasitas proliferando pelo planeta?

É preciso harmonia. É preciso despertar.

Corremos para ver quem faz o prédio mais alto, o carro mais veloz, quem vai mais longe na corrida espacial, enquanto 1 bilhão de outros seres humanos sofrem de fome crônica.

Fazemos de conta que não é com a gente e prosseguimos. Idiotas, coniventes, co-autores, egoístas.

Posso parecer pessimista mas não sou. Sou realista. Sou até mesmo otimista, pois ainda acredito no despertar humano. Ainda acredito na evolução e na transformação.

Todos juntos, em harmonia, colocando todas as formas de vida em 1º lugar. Seremos deuses da criação e não mais demônios da destruição.

Em minha infinita existência ainda verei esse dia chegar. Espero que o planeta também acredite no homem.

Jean Michel Torres.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Homem está acabando com a vida na Terra, alerta diretor da ONU

Na abertura da décima edição da Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10), o diretor do programa para meio ambiente das Nações Unidas (ONU), Achim Steiner, foi enfático ao afirmar que o homem está acabando com a vida na Terra.




"Este é o único planeta no universo em que sabemos que existe vida como a nossa e estamos destruindo as bases que a sustentam", alertou.



O encontro começou nesta segunda-feira em Nagoya, no Japão, e termina no dia 29 de outubro. Durante estas próximas duas semanas, representantes de 193 países vão avaliar as metas de preservação ambiental assumidas para este ano e definir quais serão os próximos objetivos até 2020.



O tom pessimista pôde ser observado ainda nos discursos de outras autoridades e especialistas da área ambiental, que chegaram a afirmar que o mundo está caminhando para uma fase de extinção na mesma proporção do período em que os dinossauros desapareceram da Terra.



Para eles, a destruição da natureza tem afetado diretamente a sociedade e a economia. A ONU estima que a perda da biodiversidade custa ao mundo entre US$ 2 trilhões (R$ 3,2 trilhões) e US$ 5 trilhões (R$ 8 trilhões) por ano, principalmente nas partes mais pobres.



"(O monge budista) Teitaro Suzuki disse que 'o problema da natureza é um problema da vida humana'. Hoje, infelizmente, a vida humana é um problema para a natureza", disse o ministro do Meio Ambiente do Japão, Ryo Matsumoto.



"Temos de ter coragem de olhar nos olhos das nossas crianças e admitir que nós falhamos, individualmente e coletivamente, no cumprimento das metas prometidas no encontro de Johanesburgo (em 2002)", completou o ministro.



Matsumoto lembrou ainda que a perda da biodiversidade pode chegar a um ponto irreversível se não for freada a tempo.



"Toda a vida na Terra existe graças aos benefícios da biodiversidade, na forma de terra fértil e água e ar limpos. Mas estamos agora próximos de perder o controle se não fizemos grandes esforços para conservar a biodiversidade", disse.



Sinais de esperança

Jane Smart, chefe do programa de espécies da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), disse que, apesar do problema ser grande e complexo, existem alguns sinais de esperança.



"A boa notícia é que quando nós promovemos a conservação, ela realmente funciona; gradativamente estamos descobrindo o que fazer, e quando nós fazemos, as coisas dão muito certo", disse a pesquisadora à BBC News.



"Precisamos fazer muito mais para conservar, como proteger áreas, particularmente o mar. Temos de salvar vastas áreas do oceano e os cardumes de peixes. Isso não significa que devemos parar de comer peixes, mas comer de uma forma sustentável", afirmou Jane.



O Brasil também participa do encontro e vai pressionar os países ricos para obter recursos em torno de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bilhão) por ano para a preservação ambiental, além de exigir metas globais mais específicas contra a perda da biodiversidade.



Outro ponto defendido pela comissão brasileira é a cobrança de royalties pelo uso de recursos vegetais e animais. A ideia é que empresas que utilizam matérias-primas provenientes de nações em desenvolvimento repassem uma parte do dinheiro às comunidades locais.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Quero Não Quero

Hoje eu não quero

Não quero mais você, não quero nadar, não quero comer.

Quero deitar, quero esquecer, quero dormir.

Quero que acabe!

Quero que comece...

Quero paz, quero sossego, quero silêncio!

Não quero abraço, não quero beijo e muito menos toque.

Se toque!

Quero a Lua e as estrelas.

Quero o mistério que se esconde no infinito da noite mais escura.

Não quero janela, não quero buzina nem interfone.

Quero subir aí. Quero olhar pra aqui.

Não quero olhar daqui.

Quero largar tudo. Quero não pensar. Quero relaxar.

Quero demais, quero tudo, quero sempre.

Quero que hoje acabe para se tornar amanhã.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eleições

Ontem fomos às urnas.

Uns foram contentes e outros nem tanto.

Uns foram conscientes e outros nem tanto.

Como engatinhamos na Democracia.

Ainda obrigamos as pessoas a votar. Para quê? Para eleger um palhaço com recorde de votos.

Palhaço? Acho que o palhaço é você que entregou na mão de um partido sujo e incompetente o direito de colocar lá no poder um monte de ladrão. E o melhor é que é você mesmo quem paga o salário deles.

Quando o barraco pegar fogo e o governo não te providenciar um local para ficar,

Quando a chuva te tirar o lar e o governo não te providenciar um local para ficar,

Quando o parlamentar aumentar o próprio salário e você tiver que pagar,

Não vou mais chorar, reclamar ou lamentar...

Vou mudar de canal, virar a página, fechar o jornal e pensar: Tiririca neles!

“Cada país tem o Governo que merece.” Nunca quis acreditar nessa frase mas hoje, você, povo brasileiro, me fez acreditar que isso é uma verdade.

Vou continuar a fazer a minha parte e votar por um país melhor, mas não vou mais lamentar a sorte de um povo que desperdiça as oportunidades de uma nação com mais saúde, mais educação e segurança por um vale bolsa alguma coisa e um palhaço no poder.

A todos nós meus pêsames e a fé de que dias melhores virão!


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Aprendendo com a Vida

Me desculpem se meus textos tem se tornado um tanto quanto “religiosos”. Sou um cara de fé. Acredito em Deus mas não necessariamente da forma como nos foi ensinado. Apenas sei que existe algo além da minha compreensão e que é puro amor.



Tenho estudado o Espiritismo Kardecista e tenho aprendido tanto, que fica impossível não passar isso aqui no blog, que afinal é o espaço onde traduzo em palavras minhas inquietações e meus pensamentos. Mas juro que tento deixar tudo de forma menos “mística” e mais natural, pois penso que a fé não precisa de provas para que se sinta mas ainda assim é passível de questionamentos. Tento alinhar fé e conhecimento. Experiências de vida com aprendizados espirituais.



Apesar de ter conhecimento espírita há muitos anos, só agora resolvi me dedicar a conhecer a doutrina a fundo. Estou fazendo o introdutório, que serve para pincelar os principais assuntos que serão abordados nos cinco anos de ensino da doutrina. É uma forma de peneirar aqueles que realmente querem aprender a respeito, evitando assim desistências no primeiro ano.



Você já parou para pensar como teria sido sua vida se você tivesse tomado suas decisões lá atrás com a maturidade que possui hoje? Eu já cheguei a passar uma noite quase toda em claro, voltando em minha mente para situações as quais eu passei e me marcaram de certa forma. Pensava em cada uma delas observando e me questionando qual seria minha atitude naquele momento com o conhecimento, experiência e maturidade que tenho hoje.



Impossível não sentir aquela pontinha de arrependimento por certas decisões. Mas não me permito sentir mais do que essa pontinha, pois hoje sei que cada um dos meus “erros” também me ensinaram muito.



Quando criança sua mãe lhe dizia para não colocar os dedinhos na tomada pois dá choque. Mesmo assim a maioria de nós só aprendeu a lição quando colocou os dedos lá e sentiu o tal do choque. Somos assim, aprendemos muitas coisas vivenciando as experiências, sem dar ouvidos aos conselhos daqueles que nos amam e se preocupam com a gente.



Ficamos jovens e invencíveis! Ninguém nos segura e conselhos são opiniões caretas de uma geração passada. Eu sei o que é melhor pra mim e tomo minhas próprias decisões. Eu sei o que é certo e errado e acho que tudo que me dá prazer é ilegal, imoral ou engorda. Quero viver o agora! Acelera! Yeahhhh...



Chega um determinado momento em que a gente começa a colocar os pés no freio. Olha para os lados antes de atravessar a rua. Lembra de quando quebrou a cara por não ouvir aquele conselho que te deram.
Chega uma hora em que o pai e mãe, antes símbolos da repressão, se tornam seus amigos, pessoas que você começa a ter medo de um dia perder e começa a passar mais tempo com eles.



A vida já não precisa ser acelerada, pois você percebe que ela escorre por entre os dedos enquanto você pisa no acelerador. Começa a ficar mais gostoso passar por tudo lentamente, apreciando cada pequeno detalhe. Fica claro sua impotência diante do futuro. Você pode chegar aos cem anos como pode morrer amanhã. Hoje pode ser sua última chance de sentir a areia nos pés, a brisa do mar no rosto, o gosto do beijo apaixonado, o abraço dos pais, o sorriso dos amigos.



É então que cada uma dessas coisas começa a ter um valor diferente. Se tornam pedras preciosas. São vividas intensamente pelo coração e pausadamente pela mente. Já parou pra imaginar como seria bom sentir aquela paixão de um beijo de forma mais intensa e prolongada? Experimente viver sua vida dessa forma. Imortalize os pequenos momentos, intensifique as pequenas alegrias.



Para mim são essas pequenas percepções que me mostram o que é viver mais próximo de Deus. Muito mais do que rezas, novenas ou promessas. É sentir a vida em sua plenitude. É amar cada pequena parte do todo. É um estado de espírito. E se é um estado de espírito, significa que é de dentro pra fora e não o contrário como muitos acreditam. É perceber que Deus está dentro de você e é parte de você assim como você é parte desse todo.



Aprendi que nada é imutável e muito menos para sempre. Hoje eu só quero que a vida seja longa o suficiente para que eu possa amar, sentir, experimentar e vivenciar tudo o que me for permitido. É assim que eu me sinto no momento e é isso que eu penso hoje. Amanhã pode ser que eu mude de idéia ou simplesmente sinta diferente. Mas amanhã é um outro dia.

Jean Michel Torres.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Escolhas

A todo momento a vida nos coloca diante de situações onde temos que fazer alguma escolha. Esta escolha nos levará a uma situação que a princípio pode ser “boa” ou “ruim”. Por quê, eu digo a princípio? Porque nem sempre algo que parece bom pode realmente ser. Se a sua decisão te levou a um caminho fácil de percorrer e que não te trouxe nenhum aprendizado, será ela melhor do que uma decisão que te levasse a um caminho cheio de obstáculos? Não são os obstáculos e as dificuldades as verdadeiras provas do espírito? Não é aí que encontramos a oportunidade de vencer, superar, crescer e evoluir?

Claro que se eu optar pelo caminho mais difícil e cheio de provas posso me colocar diante dele de diversas formas. Posso olhar para as dificuldades e lamentar, chorar, me arrepender de ter escolhido este caminho, travar diante do desespero ou posso lembrar que sou uma fortaleza, que sou poderoso, que tenho dentro de mim a força do criador, ou do universo (aí depende de sua crença) e pensar: Este caminho é fruto das minhas escolhas e por mais difícil que ele possa parecer, ainda assim ele não é maior do que a minha capacidade de vencê-lo.

E ainda assim vencê-lo pode ter mais de uma interpretação. A vitória e o prêmio podem ser subjetivos. Você pode chegar à linha de cruzada em último lugar, ter caído inúmeras vezes pelo caminho, estar cheio de arranhões e hematomas pelo corpo e ainda assim ser um vencedor. Porque você seguiu em frente. Você se levantou a cada queda. O vencedor é aquele que acredita, que tira forças de onde muitos enxergam apenas dor. O vencedor se orgulhará do seu resultado sem se importar com as comparações. Ele sabe e tem orgulho do caminho que trilhou. A vitória já estava lá, dentro dele, desde o inicio.

Às vezes fazemos escolhas, que resultam em situações complicadas, que poderiam ter sido evitadas se as escolhas tivessem sido outras. Sentimos aquele aperto no peito, aquela sensação de erro, de escolha errada, de engano e nos perguntamos: Por que escolhi esse caminho? Por que eu não pensei melhor? Por que eu não consegui tomar o outro caminho?

Acho importante não fazer essas perguntas a si mesmo com sentimento de arrependimento, de tristeza. Isso não ajuda, não alavanca e não muda o que passou. É importante um questionamento centrado, algo que te ajude e te prepare para as próximas escolhas. É um momento de reflexão, livre de culpas e preconceitos. É o momento de assumir a responsabilidade por suas escolhas, lembrar que esta foi a melhor decisão que você pode tomar naquele momento de sua vida e que você está pronto para seguir em frente.

Este é o momento de analisar o resultado de suas escolhas e tirar dele o máximo possível de proveito. Comemorar os acertos e aprender com os erros.
Você também pode continuar a escolher apenas o que é mais fácil e se colocar de vítima diante de cada dificuldade.

Lembre-se que a vida será para você de acordo como você se coloca diante dela. E agora? Qual a sua escolha?

Jean Michel Torres.



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Despertar

Viro pra cá.
Viro pra lá.
A noite vai passando.
Penso, viajo, reflito.
E a noite vai passando.

Ouço uma voz:

Já mergulhou nos seus pensamentos?
Já se atirou pra dentro da mente como quem salta de um trampolim?
Tape o nariz e pule.
Não tenha medo.
Quer que eu lhe dê a mão?
Relaxe, você vai gostar!
É infinito, é eterno, é intenso.
Veja com os olhos da alma.
Está sentindo isso?
Já esteve aqui antes? Eu venho sempre. É quieto.
Queria ter te trazido aqui antes mas você não estava preparado.
Esperei muito por este momento.
Agora que sabe o caminho pode vir sozinho.
Há tanta coisa a ser revelada, tantos caminhos a percorrer.
É o começo da descoberta.
Não tenha pressa, você tem a eternidade.
Agora preciso ir.

Consigo dizer:

Estou sonhando? Está na hora de acordar?

Ouço como resposta:

Você acaba de despertar. Aqui é onde você está acordado.

Retruco:

Não estou entendendo...

A voz me diz:

Você irá entender. Tenha paciência.

Pergunto:

Mas quem é você?

A voz se distanciando me responde:

Sou o seu despertar.

Viro para cá
Viro para lá
Não consigo mais dormir.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Perdendo os medos

No final de semana passado fiz uma vivência chamada Vencendo seus Limites II. O Objetivo desta vivência é nos libertar dos medos que possuímos. Medos que na maioria das vezes estão enraizados em nossas vidas e que se tornam imperceptíveis a uma primeira análise. Medos que muitas vezes nem sabemos que existem, mas que impedem nosso crescimento pessoal e nos segura como uma âncora segura um navio no cais do porto.

Quando fiz a vivência de nível I, que tinha por objetivo nos libertar da raiva e sentimentos ligados ao passado, senti os resultados logo ao sair da vivência. Após cada atividade me sentia mais livre, mais vivo. É preciso se libertar das amarras do passado para poder sentir verdadeiramente o presente. É preciso se entregar ao dia de hoje para poder realizar.

Essa segunda vivência me pareceu menos chocante, de menor impacto inicial. Talvez por já ter participado de uma vivência anterior, já conhecendo a equipe, o local e seus métodos, não havia o artifício da surpresa, do desconhecido. Tanto isto é verdade que ficou muito claro para mim a diferença no semblante entre aqueles que participavam pela primeira vez e aqueles que já haviam feito uma vivência anterior. Eles vivenciavam aquilo que eu já passei anteriormente.

Mas ledo engano meu achar que esta vivência teria menos impacto para mim. No dia seguinte me senti como se houvesse um comichão por dentro. Senti uma inquietação, um mal estar, um certo incômodo.

Ao mesmo tempo minha mente parecia se expandir, e uma série de idéias e pensamentos surgiam. Todos relacionados a aspectos da minha vida que eu busco melhorias e reformas. Juro que não sabia se eram novas idéias, idéias revolucionárias ou apenas devaneios de uma mente perturbada por uma tempestade de sentimentos e emoções. No fundo ainda não sei dizer qual a diferença ou se há uma diferença entre estas duas opções.

O fato é que de certa forma perdi um pouco do medo que eu tinha. Medo de arriscar, de tentar, de buscar outras possibilidades, de encarar os desafios. Não que vá jogar tudo para o alto e viver em uma comunidade alternativa (ainda penso nisso), mas me sinto encorajado a propor soluções no emprego, a começar uma atividade esportiva, a dizer o que sinto e penso e principalmente em assumir que sou feliz.

Já se imaginou com medo de ser feliz? Pois acontece. Percebi que o medo da crítica, do que os outros pensam, me impediam ou impedem (ainda não sou outra pessoa mas alguém em evolução) de vivenciar, de curtir a minha felicidade.

Quer um exemplo hipotético? Eu posso ganhar R$2.000,00, conseguir fazer aos poucos tudo que eu quero, não passar por necessidades, batalhar e ralar para conquistar meus objetivos e ainda assim ser feliz. Mas eu posso não me sentir feliz se eu ficar me preocupando com o fato de que a sociedade espera que eu ganhe mais, compre mais, seja mais bem sucedido. O mundo sempre vai querer mais de você. Se você prestar atenção no que eles dizem, pode passar o resto da vida achando-se menos, incapaz, inferior. Mas se eu me sinto feliz assim, se com esse salário eu posso ir ao cinema, passear, viajar, estar com amigos, com a família, comprar um DVD, um livro, por que preciso achar que ainda não posso ser feliz? Porque achar que ainda falta ganhar mais ou ter um cargo melhor para ser feliz?

Entenda que não estou dizendo que não devo continuar a crescer profissionalmente, que não posso desejar ganhar melhor e ter mais recursos. Apenas não preciso mais fingir que estou insatisfeito para me sentir parte da sociedade. Não preciso mais desse modo de vida. Eu sou e quero pertencer a um grupo onde a felicidade está aqui, presente, pelo simples fato de estar.
Esse é apenas um exemplo relacionado a um aspecto da vida. Mas de maneira geral isso se repete na vida amorosa, social, cultural, etc. Passamos a vida em busca do que o outro acha que é uma vida perfeita e deixamos assim de sentir e viver a perfeita vida que nos foi dada de presente. Presente, este momento único, este presente do universo.

Ainda não sei até onde minha mente pode se expandir. Não sei o que posso enxergar de forma diferente daqui a um minuto. Não sei qual percepção posso adquirir daqui a um segundo. Mas há algo que Einstein disse e que hoje posso confirmar: “A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.”

Jean Michel Torres.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pés na areia

Deliciosa maré
Brinca em meus pés na beira da praia
Vem espumante da tormenta
Quebrando quase em câmera lenta.

Refresca minha pele
Refresca minha cuca
Traz pra mim esse grande mar
Que esconde a saudade daquele luar

Noite bela refletida
Nas águas escuras daquele mar
Na areia o amor repousa
Tentando em vão se acalmar

Não entende ainda
Que o amor finda
Que lua muda
Que o mar recua

Guarda o brilho do luar
Nas profundezas do seu mar
Guarda os segredos dos casais
Nesse porto ou nesse cais

A maré baixou
A lua se foi

Mas ainda brinco com meus pés na areia
Lembrando daquela lua cheia.

Jean Michel Torres.

 
 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Me perco

Às vezes me perco

Me perco na multidão

Me perco nas palavras

Me perco em meus pensamentos

Às vezes procuro

Procuro por respostas

Procuro por saídas

Procuro por você

Às vezes encontro

Encontro alternativas

Encontro expectativas

Encontro seus lábios e lá repouso

Repouso no prazer

Repouso no silêncio

Repouso até mesmo na respiração agitada que me conforta

Queria ficar assim

Me perdendo para me encontrar em você.

Jean Michel Torres.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Olhando para outro universo

Na maior parte do tempo estamos pensando em nós mesmos. Passamos nossos dias vivenciando o nosso pequeno universo. Pensamos em nossos problemas, nosso desejos, nossas frustrações, nossos sonhos, nossos dissabores e nossos amores.

De dentro do mar não enxergamos toda sua extensão. De dentro da Terra não enxergamos todo o Universo. Dentro do dia de hoje não enxergamos a eternidade. De dentro de nossas vidas, mergulhados apenas em nós mesmos, não somos capazes de nos amar verdadeiramente.

Olhe para o lado e tente enxergar o universo de uma outra pessoa. O que ela está sentindo? Ela é feliz? Quais são seus problemas? Ela realizou os sonhos que teve durante sua vida? Ela ainda sonha?

É impossível não se emocionar ao tentar sentir na pele a vida de outrem. Você abandonaria seus problemas e vestiria a existência de outra pessoa? Você trocaria seus problemas pelos dela? Como você lidaria com essa outra carga de sentimentos, desejos e aflições?

Faça esse exercício e perceba que é melhor viver os seus próprios problemas, enfrentar suas próprias tarefas, vencer seus próprios desafios. Viva a sua própria história. Pergunte a si mesmo: O que eu posso fazer hoje para tornar o meu dia especial? O que eu posso fazer hoje para tornar o dia de alguém especial? Como eu posso melhorar a minha vida e a vida das pessoas que me cercam?

Coloque em um papel tudo aquilo que neste momento te incomoda. Ao lado escreva de que forma você enxerga que essa situação possa se resolver. Exemplo: Se tenho uma doença vou colocar que me vejo fazendo um tratamento muito eficaz e me curando um pouco cada dia até que esteja 100% curado. É muito importante visualizar essa situação resolvida. Pensamento é matéria e ao visualizar uma determinada situação você estará criando essa energia no universo. Pense positivo!

Estabeleça metas, faça planos, tenha objetivos. Acredite em você. Acredite que é possível sim vencer seus limites. Nunca é tarde para recomeçar, acreditar e realizar.

Mas lembre-se que é preciso ser determinado. É preciso ser forte e não desistir. É preciso de força para vencer. De tempos em tempos observe suas anotações e veja aquilo que já concretizou e aquilo que ainda está pendente. Faça uma revisão. Comemore cada pequena vitória.

Olhe para trás e veja a diferença de quem você era e quem você se tornou. Ontem você estava adormecida em uma existência sem sentido. Você não tinha consciência sobre você, seus atos e suas conseqüências. Hoje você já despertou para uma nova vida. Você sabe que existe muito mais além do horizonte. Você sente que sua vida pode ser diferente. Você entende que a vida vai sempre lhe oferecer saídas e que você deve ter a mente tranqüila e o coração sereno para tomar a decisão que vai lhe trazer maior aprendizado, menos dor e mais vitórias.

Veja que se você já entende tudo isso significa que você já deu um passo enorme! Quantas pessoas ainda estão cegas e completamente perdidas? Quantas continuam a caminhar em direção ao precipício? A vida permitiu e você conquistou a alegria de conhecer um caminho diferente. Parabéns, seja bem vinda.

Agora vamos respirar fundo, comemorar e sonhar!! Acredite em você, pois eu já acredito.

Jean Michel Torres.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Para pensar...

Estava lendo uma reportagem sobre a Justiça de São Paulo ter liberado a cobrança de consumação mínima em casas noturnas e bares. Eu particularmente sou a favor. Muitas casas oferecem a opção de entrada ou consumação mínima. Sem a proibição me sinto no direito de consumir sem perder o valor antes cobrado para entrada. Além do que uma casa noturna e um bar ganham pelo consumo de seu público. Este não é um serviço público essencial. Vai quem quer e pode gastar! E com certeza sempre haverá um local de acordo com o seu bolso.

Mas o que eu queria mesmo colocar neste post é um comentário que li e me remeteu a diversos outros assuntos. Segue o comentário:

"Os tabelamentos e proibições só levam ao Mercado Paralelo, nunca à justiça social."

O que você acha disso??

Vivencie a Felicidade

Outro dia estava pensando sobre a felicidade. O que é a felicidade pra você?

Seria a felicidade uma somatória de condições? É um estado de espírito?

É possível ser feliz neste mundo? Nesta existência? Nesta encarnação? Neste plano material?

São muitas as perguntas e eu não acho que exista apenas uma resposta. A felicidade pode ser idealizada de formas diferentes. De acordo com os conceitos, desejos, sentimentos vivenciados por uma pessoa. O que te faz feliz não necessariamente me fará.

Felicidade para mim está relacionada muito mais com o estado de espírito da pessoa do que com fatores externos.

Eu percebo que estou feliz quando o sentimento, a sensação causada pelo estado de felicidade, toma conta da minha existência. Ás vezes dura uma fração de segundos. É como um arrepio que percorre o corpo.

Chego a pensar que quando alcançamos esta sensação, uma série de transformações e reações químicas ocorre dentro de nós.

Então tento capturar aquele momento, entender o que me causa essa sensação. Tento estender este “sentir”.

Como se eu estivesse naquele momento recebendo uma “carga” de felicidade, tento imaginar que posso receber, armazenar e expandir esta sensação. Posso redistribuir, compartilhar e ao mesmo tempo me alimentar deste momento.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, estes momento normalmente não são causados por uma compra, uma aquisição material, um bem de poder. Geralmente tenho estas sensações quando caminho em um parque; quando estou viajando sozinho e me sinto descobrindo o mundo; quando percebo que venci uma determinada etapa da vida; quando faço uma oração ou até mesmo quando visualizo um nascer ou por do sol.

Estas causas da minha felicidade são tão fáceis de se obter. Então por que nem sempre estamos felizes? Simples, porque nem sempre estamos em sintonia com essa energia. Nem sempre estamos abertos a receber e perceber estes pequenos momentos. Vivemos correndo, preocupados, cismados, emburrados pelo dia a dia e nos fechamos para toda essa alegria.

É preciso valorizar cada pequeno momento. É preciso enxergar cada pequeno milagre.

Aposto que você também sente esta felicidade percorrendo seu corpo. Segure-se a ela. Vivencie este momento. Perceba um momento desses no seu dia e me diga se não considerará que este foi um dia feliz! Faça isso todos os dias e me diga se esta não foi uma semana mais feliz.

É fácil? Não, claro que não. É preciso vontade, persistência, romper o casulo, sair da redoma... Mas somos capazes. Podemos vencer! Façamos um exercício. Tenha disciplina. Preste atenção em você.

Não viemos a este mundo para caminhar por aí como mortos vivos. Qual a graça de uma existência automatizada?!

Cada um de nós é um ser único. Viva de forma única. Saia da mesmice, da rotina, do senso comum. Esqueça os que te disseram sobre fórmulas e moldes para felicidade. Busque a sua receita. Veja o que lhe agrada. Realize seus sonhos!

Jean Michel Torres.


“Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
acreditar nos sonhos que se têem
ou que os seus planos nunca vão dar certo
ou que você nunca vai ser alguém...”

Renato Russo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Viver com alegria é uma decisão.

Ruth chegou para sua sessão de hidromassagem. No vestiário, enquanto se preparava, ouviu uma voz que vinha do outro lado do armário.
Era uma voz forte, animada, cheia de vida. Exatamente como a manhã que começava.
A voz firme dizia: Dolores, gostei muito do livro que você pegou para mim, na semana passada. Sei que a biblioteca fica fora do seu caminho. Não consegui parar de ler.
Era impossível deixar de ouvir a voz que, após um breve silêncio, continuou: Você já viu um dia tão esplêndido como este? Vi um par de cotovias enquanto caminhava esta manhã. Isso nos traz alegria de viver, não é mesmo?
Ruth começou a pensar quem seria a dona daquela voz. Parecia ser portadora de um certo requinte.
Para ser tão agradecida àquela hora da manhã, devia ser uma mulher muito rica.
Ruth pensou que ela também se sentiria feliz se não tivesse nada mais para fazer na vida do que ler, nadar e passear. Se pudesse se erguer pela manhã e fazer sua caminhada sossegada, sem ter que ficar de olho no relógio apontando o horário do expediente.
Ela também ficaria feliz se tivesse uma casa no campo, onde pudesse ir nos finais de semana ou a qualquer dia da semana, porque não tivesse nada mais a fazer do que se divertir e descansar.
Tomar uma xícara de chá ao final do dia, convidar amigas para um lanche. Quem não poderia ser feliz assim? Então, contornou o armário e ficou frente a frente com a dona daquela voz alegre e jovem.
Ela estava arrumando seus apetrechos. Usava um uniforme amarelo e devia ter uns 50 anos. Ruth conhecia aquele uniforme. Sempre estava acompanhado de esfregões, vassouras, espanadores de pó e baldes.
A dona da voz era uma empregada do local. Ela olhou para Ruth, sorriu, apanhou sua sacola de plástico e caminhou em direção à porta.
Voltou-se e disse, alegre: Tenha um glorioso dia!
Ruth foi para a piscina. Enquanto afundava o corpo na espuma, pôde ouvir dois homens que conversavam na piscina ao lado.
Um deles trazia uma voz cansada e triste. Falava das dores nos joelhos, das noites sem dormir e dias repletos de mal-estares.
Tudo estava ruim. A água estava quente demais, os jatos d´água não eram suficientemente fortes para suas juntas endurecidas, os médicos tinham demorado muito para diagnosticar seu mal.
Parecia um homem velho, mas não devia ter mais de 50 anos. Com a mão enfeitada por um anel de brilhantes, ele retirou a espuma do rosto.
Analisando uma e outra situação, o uniforme amarelo e o anel de brilhantes, Ruth ficou a pensar.
Naquela manhã, ela vira contentamento e descontentamento. E aprendeu que a alegria de viver é apanágio de quem olha a vida com olhos de ver.




A cada dia, Deus prepara um cenário maravilhoso para todos os Seus filhos.

O que precisamos ter somente é olhos de ver e ouvidos de ouvir.

Porque para viver com alegria só há um segredo: viver em plenitude, usufruindo cada minuto, cada paisagem, cada acontecimento como único, especial.

Viver com alegria é, enfim, uma decisão pessoal.

Texto retirado da Internet.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Era eu e eu não sabia

Eu achava que sabia

Mas no fundo não entendia.

Olho pra trás e me vejo perdido.

Acelerado por dentro buscando combustível por fora.

A certeza era desculpa pra aquilo que eu queria acreditar.

Sem pensar, mas achando que pensava

Aos poucos eu me matava.

É fuga diziam todos!

Mas eu negava, pois não acreditava.

Mesmo morrendo eu não entendia.

Chorava e me remoia.

Mas no fundo eu não aprendia.

Errava os mesmos erros.

Buscava lá fora respostas guardadas aqui dentro.

Não sou mestre, sou aprendiz.

A vida é meu mestre.

A vida me ensina, mas também castiga quando os erros ferem a própria vida.

Em busca do viver dilapidava minha existência.

Anulava meus acertos no meio de tantos erros.

A culpa atormenta mas não corrige.

Por que? Eu não consigo. Já foi. Já errei. E agora?

Um dia a corda estoura, a casa cai, a sorte vira as costas.

Por que esse ódio? Amor não pode ser. Amor não mata.

É suicídio? É loucura mascarada?

É preciso nascer todos os dias. É preciso se amar.

Será que eu consigo?

É claro que eu posso. É minha obrigação conseguir.

Nasci pra vencer. Sou vitorioso. Não seja melindroso.

Não sou vítima. Sou algoz. E meus erros pago eu mesmo.

Mas agora é tempo de despertar. Cansado de errar procuro o meu lugar.

Estou diferente. Outro olhar. Outro sentir.

Chega de mentir. De matar e morrer, morrer e matar.

Não quero mais sangrar.

Quero viver. Quero vivenciar. Quero sentir esse sentir que estou sentindo.

É loucura escancarada.

É amor egoísta.

É um começar todos os dias. É escolher cada caminho.

É não se jogar ao se desesperar. É não se entregar ao desejo obscuro.

É olhar de outro ângulo. É difícil. É reaprender.

É responsabilidade assumida!

É cuidar da própria vida.

Ame a ti mesmo como ao teu próximo.

Preencha seu vazio para poder transbordar.

Não quero que me complete. Não quero sua ajuda.

A mim me basta para que possa enfim ser teu.

Acordo o Deus que há em mim.

Sinto o amor que há em mim.

Finalmente encontrei a pessoa certa.

Finalmente descobri a quem devotar meu amor.

Estava tão perto. Tão diante dos meus olhos.

Era eu e eu não sabia.

Jean Michel Torres.


Folha Seca

Ando
Ando
Ando por aí

Piso firme
Mata seca
Escorrego
Pedra solta

Vale encantado
Verdes pastos
Seus cavalos
Seu gado
Vale abençoado

Sinto seu cheiro
Cheiro bom
Cheiro de lembranças
Cheio de memórias

Eucalipto lá no alto
Me observa
Me espreita
Que linda vista ele diria
Se eu pudesse aí subia

Caminhando
Pensando
Sigo o rio
Sigo sorrindo

Está chegando
Estou partindo
Eu passei mas tu ficaste
Lindo vale que me encantaste

Caminhando
Pensando
Sigo em frente
Me despedindo.

Jean Michel Torres.


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Good Vibrations

Acredito sinceramente que o pensamento é energia. Que aquilo que pensamos é criado de alguma forma no universo. Assim como o ar, que não podemos ver ou tocar, mas está lá. Assim mesmo eu acredito ser o que criamos através de nossa mente.

Somos transmissores e receptores de energia. Assim como um rádio operamos em freqüências. Sintonizamos e transmitimos de acordo com nosso estado emocional. Observe como é o dia quando acordamos resmungando, xingando, reclamando. Parece que tudo dá errado, nos sentimos como se não devêssemos ter saído da cama neste dia.

É como uma perigosa bola de neve. De algum modo atraí algo ruim, recebi isso de forma negativa, tive uma sensação ruim, pensei de forma negativa, reclamando e bufando, e mais coisas me aconteceram. Um processo interminável que para muitas pessoas é sinônimo de como levam suas vidas.

Experimente acordar e já começar agradecendo por esta página em branco. Agradeça ao universo por amanhecer em um lar, protegido das intempéries. Agradeça por ter a oportunidade de se banhar em águas limpas, viver em um lugar com esgoto tratado. Agradeça por ter um café da manhã. Agradeça por ter um emprego e agradeça principalmente por ter a Vida! Por ter essa experiência que te possibilita erros, acertos, recomeçar, tentar...

Nem sempre é fácil começar o dia assim, eu sei disso, afinal esse é um objetivo e não um costume meu. Mas é tão bom quando me entrego a esse sentimento. Torna o dia tão mais fácil, mais prazeroso. É como sintonizar uma rádio de boas notícias. A energia a sua volta será essa que você está criando.

Então você me perguntará: Se eu acordar e me tornar uma pessoa positiva, estarei livre de problemas e tudo será um mar de rosas?

Não. De forma alguma. Todos nós temos de enfrentar desafios, tarefas e vivenciar experiências positivas e negativas. Mas quando você se transforma, você percebe que a mesma experiência pode ser vivenciada de diversas formas. Depende de como você enfrenta o problema. De como nos colocamos diante da vida.

Sorria, ame, vibre pensamentos positivos. Contemple o Sol que brilha todos os dias trazendo vida a este planeta e possibilitando sua existência. Pise na areia de uma praia e feche os olhos, receba a água do mar em seus pés, se deixe levar. Faça planos e se veja em situações de vitória, conquistas. Estabeleça metas e deixe os problemas para trás.

Just fell it. Love is in the air.

Jean Michel Torres.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não brigue com o relógio da Vida.

Como todo bom ansioso, adoro dias agitados. Tudo acontece, o tempo voa e o corpo tem que seguir a mente.

Com a calmaria a mente agitada não tem resposta, não há motivos para agitação. O corpo espera por algum acontecimento e não encontra. Cadê??

Esse tem sido um trabalho de formiguinha. Aquietar minha mente. Saber parar e analisar. Saber ponderar, programar, formular, aguardar.

Tudo tem seu tempo para acontecer. E na maioria das vezes não é o mesmo tempo nosso. O tempo embutido em nossas ansiedades, nossas aflições, nossas vontades.

O Equilíbrio é a minha resposta. A paciência.

Tente observar o movimento do Universo. Entenda que nada está parado por mais que pareça. Perceba que a vida acontece como uma grande engrenagem, cheia de dentes rodando. Dependendo do encaixe, a rotação é mais rápida ou mais lenta. Se você forçar uma roda, perderá a sincronia, travará o sistema e danificará essa engrenagem. Entendeu o que eu quis dizer??

Perceba a vida e deixe-a fluir. Não force. Não fique diante dela apenas agitado como que olha para um relógio esperando dar a hora de sair de um dia de trabalho.

Curta o tempo. Entre no ritmo dele. Harmonize-se.

O resultado é tão satisfatório e contagiante que vale o trabalho de “ajuste” dos ponteiros.

Tic Tac Tic Tac...

It’s time to do something about your life.

Jean Michel Torres.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Não sentir

Como é estranho esse não sentir
Esse não sentimento é decepcionante
Não agrada a ninguém

É triste
É morte
É o pesar pelo que poderia ter acontecido e não aconteceu

Mas se é a verdade há que ser encarada
Precisa ser escancarada
Não pode ser prolongada

Não se pode forçar um coração a amar
É preciso se respeitar para não se enganar
Vai passar
Vai abrir espaço para respirar

E então um dia
Talvez um dia
Eu nem lembre do que não existiu
Por que meu coração nem sentiu
Simplesmente partiu.

Jean Michel Torres.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sonho

Essa distância
Faz tão longa a espera
A espera do toque, a espera do abraço, a espera do beijo

Penso em você e sinto o coração descompasado
Ansiedade amiga e inimiga
Amiga porque se faz presente a todo instante
Sempre comigo
Inimiga porque não alivia, não ajuda
Incomoda

Mas não é moda
É real
É oficial
Faz a lua brilhar
Faz meu desejo aumentar
Louco pra te encontrar
Louco pra te beijar
Louco pra não acordar.

Jean Michel Torres.