quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Aprendendo com a Vida

Me desculpem se meus textos tem se tornado um tanto quanto “religiosos”. Sou um cara de fé. Acredito em Deus mas não necessariamente da forma como nos foi ensinado. Apenas sei que existe algo além da minha compreensão e que é puro amor.



Tenho estudado o Espiritismo Kardecista e tenho aprendido tanto, que fica impossível não passar isso aqui no blog, que afinal é o espaço onde traduzo em palavras minhas inquietações e meus pensamentos. Mas juro que tento deixar tudo de forma menos “mística” e mais natural, pois penso que a fé não precisa de provas para que se sinta mas ainda assim é passível de questionamentos. Tento alinhar fé e conhecimento. Experiências de vida com aprendizados espirituais.



Apesar de ter conhecimento espírita há muitos anos, só agora resolvi me dedicar a conhecer a doutrina a fundo. Estou fazendo o introdutório, que serve para pincelar os principais assuntos que serão abordados nos cinco anos de ensino da doutrina. É uma forma de peneirar aqueles que realmente querem aprender a respeito, evitando assim desistências no primeiro ano.



Você já parou para pensar como teria sido sua vida se você tivesse tomado suas decisões lá atrás com a maturidade que possui hoje? Eu já cheguei a passar uma noite quase toda em claro, voltando em minha mente para situações as quais eu passei e me marcaram de certa forma. Pensava em cada uma delas observando e me questionando qual seria minha atitude naquele momento com o conhecimento, experiência e maturidade que tenho hoje.



Impossível não sentir aquela pontinha de arrependimento por certas decisões. Mas não me permito sentir mais do que essa pontinha, pois hoje sei que cada um dos meus “erros” também me ensinaram muito.



Quando criança sua mãe lhe dizia para não colocar os dedinhos na tomada pois dá choque. Mesmo assim a maioria de nós só aprendeu a lição quando colocou os dedos lá e sentiu o tal do choque. Somos assim, aprendemos muitas coisas vivenciando as experiências, sem dar ouvidos aos conselhos daqueles que nos amam e se preocupam com a gente.



Ficamos jovens e invencíveis! Ninguém nos segura e conselhos são opiniões caretas de uma geração passada. Eu sei o que é melhor pra mim e tomo minhas próprias decisões. Eu sei o que é certo e errado e acho que tudo que me dá prazer é ilegal, imoral ou engorda. Quero viver o agora! Acelera! Yeahhhh...



Chega um determinado momento em que a gente começa a colocar os pés no freio. Olha para os lados antes de atravessar a rua. Lembra de quando quebrou a cara por não ouvir aquele conselho que te deram.
Chega uma hora em que o pai e mãe, antes símbolos da repressão, se tornam seus amigos, pessoas que você começa a ter medo de um dia perder e começa a passar mais tempo com eles.



A vida já não precisa ser acelerada, pois você percebe que ela escorre por entre os dedos enquanto você pisa no acelerador. Começa a ficar mais gostoso passar por tudo lentamente, apreciando cada pequeno detalhe. Fica claro sua impotência diante do futuro. Você pode chegar aos cem anos como pode morrer amanhã. Hoje pode ser sua última chance de sentir a areia nos pés, a brisa do mar no rosto, o gosto do beijo apaixonado, o abraço dos pais, o sorriso dos amigos.



É então que cada uma dessas coisas começa a ter um valor diferente. Se tornam pedras preciosas. São vividas intensamente pelo coração e pausadamente pela mente. Já parou pra imaginar como seria bom sentir aquela paixão de um beijo de forma mais intensa e prolongada? Experimente viver sua vida dessa forma. Imortalize os pequenos momentos, intensifique as pequenas alegrias.



Para mim são essas pequenas percepções que me mostram o que é viver mais próximo de Deus. Muito mais do que rezas, novenas ou promessas. É sentir a vida em sua plenitude. É amar cada pequena parte do todo. É um estado de espírito. E se é um estado de espírito, significa que é de dentro pra fora e não o contrário como muitos acreditam. É perceber que Deus está dentro de você e é parte de você assim como você é parte desse todo.



Aprendi que nada é imutável e muito menos para sempre. Hoje eu só quero que a vida seja longa o suficiente para que eu possa amar, sentir, experimentar e vivenciar tudo o que me for permitido. É assim que eu me sinto no momento e é isso que eu penso hoje. Amanhã pode ser que eu mude de idéia ou simplesmente sinta diferente. Mas amanhã é um outro dia.

Jean Michel Torres.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Escolhas

A todo momento a vida nos coloca diante de situações onde temos que fazer alguma escolha. Esta escolha nos levará a uma situação que a princípio pode ser “boa” ou “ruim”. Por quê, eu digo a princípio? Porque nem sempre algo que parece bom pode realmente ser. Se a sua decisão te levou a um caminho fácil de percorrer e que não te trouxe nenhum aprendizado, será ela melhor do que uma decisão que te levasse a um caminho cheio de obstáculos? Não são os obstáculos e as dificuldades as verdadeiras provas do espírito? Não é aí que encontramos a oportunidade de vencer, superar, crescer e evoluir?

Claro que se eu optar pelo caminho mais difícil e cheio de provas posso me colocar diante dele de diversas formas. Posso olhar para as dificuldades e lamentar, chorar, me arrepender de ter escolhido este caminho, travar diante do desespero ou posso lembrar que sou uma fortaleza, que sou poderoso, que tenho dentro de mim a força do criador, ou do universo (aí depende de sua crença) e pensar: Este caminho é fruto das minhas escolhas e por mais difícil que ele possa parecer, ainda assim ele não é maior do que a minha capacidade de vencê-lo.

E ainda assim vencê-lo pode ter mais de uma interpretação. A vitória e o prêmio podem ser subjetivos. Você pode chegar à linha de cruzada em último lugar, ter caído inúmeras vezes pelo caminho, estar cheio de arranhões e hematomas pelo corpo e ainda assim ser um vencedor. Porque você seguiu em frente. Você se levantou a cada queda. O vencedor é aquele que acredita, que tira forças de onde muitos enxergam apenas dor. O vencedor se orgulhará do seu resultado sem se importar com as comparações. Ele sabe e tem orgulho do caminho que trilhou. A vitória já estava lá, dentro dele, desde o inicio.

Às vezes fazemos escolhas, que resultam em situações complicadas, que poderiam ter sido evitadas se as escolhas tivessem sido outras. Sentimos aquele aperto no peito, aquela sensação de erro, de escolha errada, de engano e nos perguntamos: Por que escolhi esse caminho? Por que eu não pensei melhor? Por que eu não consegui tomar o outro caminho?

Acho importante não fazer essas perguntas a si mesmo com sentimento de arrependimento, de tristeza. Isso não ajuda, não alavanca e não muda o que passou. É importante um questionamento centrado, algo que te ajude e te prepare para as próximas escolhas. É um momento de reflexão, livre de culpas e preconceitos. É o momento de assumir a responsabilidade por suas escolhas, lembrar que esta foi a melhor decisão que você pode tomar naquele momento de sua vida e que você está pronto para seguir em frente.

Este é o momento de analisar o resultado de suas escolhas e tirar dele o máximo possível de proveito. Comemorar os acertos e aprender com os erros.
Você também pode continuar a escolher apenas o que é mais fácil e se colocar de vítima diante de cada dificuldade.

Lembre-se que a vida será para você de acordo como você se coloca diante dela. E agora? Qual a sua escolha?

Jean Michel Torres.



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Despertar

Viro pra cá.
Viro pra lá.
A noite vai passando.
Penso, viajo, reflito.
E a noite vai passando.

Ouço uma voz:

Já mergulhou nos seus pensamentos?
Já se atirou pra dentro da mente como quem salta de um trampolim?
Tape o nariz e pule.
Não tenha medo.
Quer que eu lhe dê a mão?
Relaxe, você vai gostar!
É infinito, é eterno, é intenso.
Veja com os olhos da alma.
Está sentindo isso?
Já esteve aqui antes? Eu venho sempre. É quieto.
Queria ter te trazido aqui antes mas você não estava preparado.
Esperei muito por este momento.
Agora que sabe o caminho pode vir sozinho.
Há tanta coisa a ser revelada, tantos caminhos a percorrer.
É o começo da descoberta.
Não tenha pressa, você tem a eternidade.
Agora preciso ir.

Consigo dizer:

Estou sonhando? Está na hora de acordar?

Ouço como resposta:

Você acaba de despertar. Aqui é onde você está acordado.

Retruco:

Não estou entendendo...

A voz me diz:

Você irá entender. Tenha paciência.

Pergunto:

Mas quem é você?

A voz se distanciando me responde:

Sou o seu despertar.

Viro para cá
Viro para lá
Não consigo mais dormir.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Perdendo os medos

No final de semana passado fiz uma vivência chamada Vencendo seus Limites II. O Objetivo desta vivência é nos libertar dos medos que possuímos. Medos que na maioria das vezes estão enraizados em nossas vidas e que se tornam imperceptíveis a uma primeira análise. Medos que muitas vezes nem sabemos que existem, mas que impedem nosso crescimento pessoal e nos segura como uma âncora segura um navio no cais do porto.

Quando fiz a vivência de nível I, que tinha por objetivo nos libertar da raiva e sentimentos ligados ao passado, senti os resultados logo ao sair da vivência. Após cada atividade me sentia mais livre, mais vivo. É preciso se libertar das amarras do passado para poder sentir verdadeiramente o presente. É preciso se entregar ao dia de hoje para poder realizar.

Essa segunda vivência me pareceu menos chocante, de menor impacto inicial. Talvez por já ter participado de uma vivência anterior, já conhecendo a equipe, o local e seus métodos, não havia o artifício da surpresa, do desconhecido. Tanto isto é verdade que ficou muito claro para mim a diferença no semblante entre aqueles que participavam pela primeira vez e aqueles que já haviam feito uma vivência anterior. Eles vivenciavam aquilo que eu já passei anteriormente.

Mas ledo engano meu achar que esta vivência teria menos impacto para mim. No dia seguinte me senti como se houvesse um comichão por dentro. Senti uma inquietação, um mal estar, um certo incômodo.

Ao mesmo tempo minha mente parecia se expandir, e uma série de idéias e pensamentos surgiam. Todos relacionados a aspectos da minha vida que eu busco melhorias e reformas. Juro que não sabia se eram novas idéias, idéias revolucionárias ou apenas devaneios de uma mente perturbada por uma tempestade de sentimentos e emoções. No fundo ainda não sei dizer qual a diferença ou se há uma diferença entre estas duas opções.

O fato é que de certa forma perdi um pouco do medo que eu tinha. Medo de arriscar, de tentar, de buscar outras possibilidades, de encarar os desafios. Não que vá jogar tudo para o alto e viver em uma comunidade alternativa (ainda penso nisso), mas me sinto encorajado a propor soluções no emprego, a começar uma atividade esportiva, a dizer o que sinto e penso e principalmente em assumir que sou feliz.

Já se imaginou com medo de ser feliz? Pois acontece. Percebi que o medo da crítica, do que os outros pensam, me impediam ou impedem (ainda não sou outra pessoa mas alguém em evolução) de vivenciar, de curtir a minha felicidade.

Quer um exemplo hipotético? Eu posso ganhar R$2.000,00, conseguir fazer aos poucos tudo que eu quero, não passar por necessidades, batalhar e ralar para conquistar meus objetivos e ainda assim ser feliz. Mas eu posso não me sentir feliz se eu ficar me preocupando com o fato de que a sociedade espera que eu ganhe mais, compre mais, seja mais bem sucedido. O mundo sempre vai querer mais de você. Se você prestar atenção no que eles dizem, pode passar o resto da vida achando-se menos, incapaz, inferior. Mas se eu me sinto feliz assim, se com esse salário eu posso ir ao cinema, passear, viajar, estar com amigos, com a família, comprar um DVD, um livro, por que preciso achar que ainda não posso ser feliz? Porque achar que ainda falta ganhar mais ou ter um cargo melhor para ser feliz?

Entenda que não estou dizendo que não devo continuar a crescer profissionalmente, que não posso desejar ganhar melhor e ter mais recursos. Apenas não preciso mais fingir que estou insatisfeito para me sentir parte da sociedade. Não preciso mais desse modo de vida. Eu sou e quero pertencer a um grupo onde a felicidade está aqui, presente, pelo simples fato de estar.
Esse é apenas um exemplo relacionado a um aspecto da vida. Mas de maneira geral isso se repete na vida amorosa, social, cultural, etc. Passamos a vida em busca do que o outro acha que é uma vida perfeita e deixamos assim de sentir e viver a perfeita vida que nos foi dada de presente. Presente, este momento único, este presente do universo.

Ainda não sei até onde minha mente pode se expandir. Não sei o que posso enxergar de forma diferente daqui a um minuto. Não sei qual percepção posso adquirir daqui a um segundo. Mas há algo que Einstein disse e que hoje posso confirmar: “A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.”

Jean Michel Torres.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pés na areia

Deliciosa maré
Brinca em meus pés na beira da praia
Vem espumante da tormenta
Quebrando quase em câmera lenta.

Refresca minha pele
Refresca minha cuca
Traz pra mim esse grande mar
Que esconde a saudade daquele luar

Noite bela refletida
Nas águas escuras daquele mar
Na areia o amor repousa
Tentando em vão se acalmar

Não entende ainda
Que o amor finda
Que lua muda
Que o mar recua

Guarda o brilho do luar
Nas profundezas do seu mar
Guarda os segredos dos casais
Nesse porto ou nesse cais

A maré baixou
A lua se foi

Mas ainda brinco com meus pés na areia
Lembrando daquela lua cheia.

Jean Michel Torres.

 
 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Me perco

Às vezes me perco

Me perco na multidão

Me perco nas palavras

Me perco em meus pensamentos

Às vezes procuro

Procuro por respostas

Procuro por saídas

Procuro por você

Às vezes encontro

Encontro alternativas

Encontro expectativas

Encontro seus lábios e lá repouso

Repouso no prazer

Repouso no silêncio

Repouso até mesmo na respiração agitada que me conforta

Queria ficar assim

Me perdendo para me encontrar em você.

Jean Michel Torres.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Olhando para outro universo

Na maior parte do tempo estamos pensando em nós mesmos. Passamos nossos dias vivenciando o nosso pequeno universo. Pensamos em nossos problemas, nosso desejos, nossas frustrações, nossos sonhos, nossos dissabores e nossos amores.

De dentro do mar não enxergamos toda sua extensão. De dentro da Terra não enxergamos todo o Universo. Dentro do dia de hoje não enxergamos a eternidade. De dentro de nossas vidas, mergulhados apenas em nós mesmos, não somos capazes de nos amar verdadeiramente.

Olhe para o lado e tente enxergar o universo de uma outra pessoa. O que ela está sentindo? Ela é feliz? Quais são seus problemas? Ela realizou os sonhos que teve durante sua vida? Ela ainda sonha?

É impossível não se emocionar ao tentar sentir na pele a vida de outrem. Você abandonaria seus problemas e vestiria a existência de outra pessoa? Você trocaria seus problemas pelos dela? Como você lidaria com essa outra carga de sentimentos, desejos e aflições?

Faça esse exercício e perceba que é melhor viver os seus próprios problemas, enfrentar suas próprias tarefas, vencer seus próprios desafios. Viva a sua própria história. Pergunte a si mesmo: O que eu posso fazer hoje para tornar o meu dia especial? O que eu posso fazer hoje para tornar o dia de alguém especial? Como eu posso melhorar a minha vida e a vida das pessoas que me cercam?

Coloque em um papel tudo aquilo que neste momento te incomoda. Ao lado escreva de que forma você enxerga que essa situação possa se resolver. Exemplo: Se tenho uma doença vou colocar que me vejo fazendo um tratamento muito eficaz e me curando um pouco cada dia até que esteja 100% curado. É muito importante visualizar essa situação resolvida. Pensamento é matéria e ao visualizar uma determinada situação você estará criando essa energia no universo. Pense positivo!

Estabeleça metas, faça planos, tenha objetivos. Acredite em você. Acredite que é possível sim vencer seus limites. Nunca é tarde para recomeçar, acreditar e realizar.

Mas lembre-se que é preciso ser determinado. É preciso ser forte e não desistir. É preciso de força para vencer. De tempos em tempos observe suas anotações e veja aquilo que já concretizou e aquilo que ainda está pendente. Faça uma revisão. Comemore cada pequena vitória.

Olhe para trás e veja a diferença de quem você era e quem você se tornou. Ontem você estava adormecida em uma existência sem sentido. Você não tinha consciência sobre você, seus atos e suas conseqüências. Hoje você já despertou para uma nova vida. Você sabe que existe muito mais além do horizonte. Você sente que sua vida pode ser diferente. Você entende que a vida vai sempre lhe oferecer saídas e que você deve ter a mente tranqüila e o coração sereno para tomar a decisão que vai lhe trazer maior aprendizado, menos dor e mais vitórias.

Veja que se você já entende tudo isso significa que você já deu um passo enorme! Quantas pessoas ainda estão cegas e completamente perdidas? Quantas continuam a caminhar em direção ao precipício? A vida permitiu e você conquistou a alegria de conhecer um caminho diferente. Parabéns, seja bem vinda.

Agora vamos respirar fundo, comemorar e sonhar!! Acredite em você, pois eu já acredito.

Jean Michel Torres.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Para pensar...

Estava lendo uma reportagem sobre a Justiça de São Paulo ter liberado a cobrança de consumação mínima em casas noturnas e bares. Eu particularmente sou a favor. Muitas casas oferecem a opção de entrada ou consumação mínima. Sem a proibição me sinto no direito de consumir sem perder o valor antes cobrado para entrada. Além do que uma casa noturna e um bar ganham pelo consumo de seu público. Este não é um serviço público essencial. Vai quem quer e pode gastar! E com certeza sempre haverá um local de acordo com o seu bolso.

Mas o que eu queria mesmo colocar neste post é um comentário que li e me remeteu a diversos outros assuntos. Segue o comentário:

"Os tabelamentos e proibições só levam ao Mercado Paralelo, nunca à justiça social."

O que você acha disso??

Vivencie a Felicidade

Outro dia estava pensando sobre a felicidade. O que é a felicidade pra você?

Seria a felicidade uma somatória de condições? É um estado de espírito?

É possível ser feliz neste mundo? Nesta existência? Nesta encarnação? Neste plano material?

São muitas as perguntas e eu não acho que exista apenas uma resposta. A felicidade pode ser idealizada de formas diferentes. De acordo com os conceitos, desejos, sentimentos vivenciados por uma pessoa. O que te faz feliz não necessariamente me fará.

Felicidade para mim está relacionada muito mais com o estado de espírito da pessoa do que com fatores externos.

Eu percebo que estou feliz quando o sentimento, a sensação causada pelo estado de felicidade, toma conta da minha existência. Ás vezes dura uma fração de segundos. É como um arrepio que percorre o corpo.

Chego a pensar que quando alcançamos esta sensação, uma série de transformações e reações químicas ocorre dentro de nós.

Então tento capturar aquele momento, entender o que me causa essa sensação. Tento estender este “sentir”.

Como se eu estivesse naquele momento recebendo uma “carga” de felicidade, tento imaginar que posso receber, armazenar e expandir esta sensação. Posso redistribuir, compartilhar e ao mesmo tempo me alimentar deste momento.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, estes momento normalmente não são causados por uma compra, uma aquisição material, um bem de poder. Geralmente tenho estas sensações quando caminho em um parque; quando estou viajando sozinho e me sinto descobrindo o mundo; quando percebo que venci uma determinada etapa da vida; quando faço uma oração ou até mesmo quando visualizo um nascer ou por do sol.

Estas causas da minha felicidade são tão fáceis de se obter. Então por que nem sempre estamos felizes? Simples, porque nem sempre estamos em sintonia com essa energia. Nem sempre estamos abertos a receber e perceber estes pequenos momentos. Vivemos correndo, preocupados, cismados, emburrados pelo dia a dia e nos fechamos para toda essa alegria.

É preciso valorizar cada pequeno momento. É preciso enxergar cada pequeno milagre.

Aposto que você também sente esta felicidade percorrendo seu corpo. Segure-se a ela. Vivencie este momento. Perceba um momento desses no seu dia e me diga se não considerará que este foi um dia feliz! Faça isso todos os dias e me diga se esta não foi uma semana mais feliz.

É fácil? Não, claro que não. É preciso vontade, persistência, romper o casulo, sair da redoma... Mas somos capazes. Podemos vencer! Façamos um exercício. Tenha disciplina. Preste atenção em você.

Não viemos a este mundo para caminhar por aí como mortos vivos. Qual a graça de uma existência automatizada?!

Cada um de nós é um ser único. Viva de forma única. Saia da mesmice, da rotina, do senso comum. Esqueça os que te disseram sobre fórmulas e moldes para felicidade. Busque a sua receita. Veja o que lhe agrada. Realize seus sonhos!

Jean Michel Torres.


“Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
acreditar nos sonhos que se têem
ou que os seus planos nunca vão dar certo
ou que você nunca vai ser alguém...”

Renato Russo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Viver com alegria é uma decisão.

Ruth chegou para sua sessão de hidromassagem. No vestiário, enquanto se preparava, ouviu uma voz que vinha do outro lado do armário.
Era uma voz forte, animada, cheia de vida. Exatamente como a manhã que começava.
A voz firme dizia: Dolores, gostei muito do livro que você pegou para mim, na semana passada. Sei que a biblioteca fica fora do seu caminho. Não consegui parar de ler.
Era impossível deixar de ouvir a voz que, após um breve silêncio, continuou: Você já viu um dia tão esplêndido como este? Vi um par de cotovias enquanto caminhava esta manhã. Isso nos traz alegria de viver, não é mesmo?
Ruth começou a pensar quem seria a dona daquela voz. Parecia ser portadora de um certo requinte.
Para ser tão agradecida àquela hora da manhã, devia ser uma mulher muito rica.
Ruth pensou que ela também se sentiria feliz se não tivesse nada mais para fazer na vida do que ler, nadar e passear. Se pudesse se erguer pela manhã e fazer sua caminhada sossegada, sem ter que ficar de olho no relógio apontando o horário do expediente.
Ela também ficaria feliz se tivesse uma casa no campo, onde pudesse ir nos finais de semana ou a qualquer dia da semana, porque não tivesse nada mais a fazer do que se divertir e descansar.
Tomar uma xícara de chá ao final do dia, convidar amigas para um lanche. Quem não poderia ser feliz assim? Então, contornou o armário e ficou frente a frente com a dona daquela voz alegre e jovem.
Ela estava arrumando seus apetrechos. Usava um uniforme amarelo e devia ter uns 50 anos. Ruth conhecia aquele uniforme. Sempre estava acompanhado de esfregões, vassouras, espanadores de pó e baldes.
A dona da voz era uma empregada do local. Ela olhou para Ruth, sorriu, apanhou sua sacola de plástico e caminhou em direção à porta.
Voltou-se e disse, alegre: Tenha um glorioso dia!
Ruth foi para a piscina. Enquanto afundava o corpo na espuma, pôde ouvir dois homens que conversavam na piscina ao lado.
Um deles trazia uma voz cansada e triste. Falava das dores nos joelhos, das noites sem dormir e dias repletos de mal-estares.
Tudo estava ruim. A água estava quente demais, os jatos d´água não eram suficientemente fortes para suas juntas endurecidas, os médicos tinham demorado muito para diagnosticar seu mal.
Parecia um homem velho, mas não devia ter mais de 50 anos. Com a mão enfeitada por um anel de brilhantes, ele retirou a espuma do rosto.
Analisando uma e outra situação, o uniforme amarelo e o anel de brilhantes, Ruth ficou a pensar.
Naquela manhã, ela vira contentamento e descontentamento. E aprendeu que a alegria de viver é apanágio de quem olha a vida com olhos de ver.




A cada dia, Deus prepara um cenário maravilhoso para todos os Seus filhos.

O que precisamos ter somente é olhos de ver e ouvidos de ouvir.

Porque para viver com alegria só há um segredo: viver em plenitude, usufruindo cada minuto, cada paisagem, cada acontecimento como único, especial.

Viver com alegria é, enfim, uma decisão pessoal.

Texto retirado da Internet.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Era eu e eu não sabia

Eu achava que sabia

Mas no fundo não entendia.

Olho pra trás e me vejo perdido.

Acelerado por dentro buscando combustível por fora.

A certeza era desculpa pra aquilo que eu queria acreditar.

Sem pensar, mas achando que pensava

Aos poucos eu me matava.

É fuga diziam todos!

Mas eu negava, pois não acreditava.

Mesmo morrendo eu não entendia.

Chorava e me remoia.

Mas no fundo eu não aprendia.

Errava os mesmos erros.

Buscava lá fora respostas guardadas aqui dentro.

Não sou mestre, sou aprendiz.

A vida é meu mestre.

A vida me ensina, mas também castiga quando os erros ferem a própria vida.

Em busca do viver dilapidava minha existência.

Anulava meus acertos no meio de tantos erros.

A culpa atormenta mas não corrige.

Por que? Eu não consigo. Já foi. Já errei. E agora?

Um dia a corda estoura, a casa cai, a sorte vira as costas.

Por que esse ódio? Amor não pode ser. Amor não mata.

É suicídio? É loucura mascarada?

É preciso nascer todos os dias. É preciso se amar.

Será que eu consigo?

É claro que eu posso. É minha obrigação conseguir.

Nasci pra vencer. Sou vitorioso. Não seja melindroso.

Não sou vítima. Sou algoz. E meus erros pago eu mesmo.

Mas agora é tempo de despertar. Cansado de errar procuro o meu lugar.

Estou diferente. Outro olhar. Outro sentir.

Chega de mentir. De matar e morrer, morrer e matar.

Não quero mais sangrar.

Quero viver. Quero vivenciar. Quero sentir esse sentir que estou sentindo.

É loucura escancarada.

É amor egoísta.

É um começar todos os dias. É escolher cada caminho.

É não se jogar ao se desesperar. É não se entregar ao desejo obscuro.

É olhar de outro ângulo. É difícil. É reaprender.

É responsabilidade assumida!

É cuidar da própria vida.

Ame a ti mesmo como ao teu próximo.

Preencha seu vazio para poder transbordar.

Não quero que me complete. Não quero sua ajuda.

A mim me basta para que possa enfim ser teu.

Acordo o Deus que há em mim.

Sinto o amor que há em mim.

Finalmente encontrei a pessoa certa.

Finalmente descobri a quem devotar meu amor.

Estava tão perto. Tão diante dos meus olhos.

Era eu e eu não sabia.

Jean Michel Torres.


Folha Seca

Ando
Ando
Ando por aí

Piso firme
Mata seca
Escorrego
Pedra solta

Vale encantado
Verdes pastos
Seus cavalos
Seu gado
Vale abençoado

Sinto seu cheiro
Cheiro bom
Cheiro de lembranças
Cheio de memórias

Eucalipto lá no alto
Me observa
Me espreita
Que linda vista ele diria
Se eu pudesse aí subia

Caminhando
Pensando
Sigo o rio
Sigo sorrindo

Está chegando
Estou partindo
Eu passei mas tu ficaste
Lindo vale que me encantaste

Caminhando
Pensando
Sigo em frente
Me despedindo.

Jean Michel Torres.


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Good Vibrations

Acredito sinceramente que o pensamento é energia. Que aquilo que pensamos é criado de alguma forma no universo. Assim como o ar, que não podemos ver ou tocar, mas está lá. Assim mesmo eu acredito ser o que criamos através de nossa mente.

Somos transmissores e receptores de energia. Assim como um rádio operamos em freqüências. Sintonizamos e transmitimos de acordo com nosso estado emocional. Observe como é o dia quando acordamos resmungando, xingando, reclamando. Parece que tudo dá errado, nos sentimos como se não devêssemos ter saído da cama neste dia.

É como uma perigosa bola de neve. De algum modo atraí algo ruim, recebi isso de forma negativa, tive uma sensação ruim, pensei de forma negativa, reclamando e bufando, e mais coisas me aconteceram. Um processo interminável que para muitas pessoas é sinônimo de como levam suas vidas.

Experimente acordar e já começar agradecendo por esta página em branco. Agradeça ao universo por amanhecer em um lar, protegido das intempéries. Agradeça por ter a oportunidade de se banhar em águas limpas, viver em um lugar com esgoto tratado. Agradeça por ter um café da manhã. Agradeça por ter um emprego e agradeça principalmente por ter a Vida! Por ter essa experiência que te possibilita erros, acertos, recomeçar, tentar...

Nem sempre é fácil começar o dia assim, eu sei disso, afinal esse é um objetivo e não um costume meu. Mas é tão bom quando me entrego a esse sentimento. Torna o dia tão mais fácil, mais prazeroso. É como sintonizar uma rádio de boas notícias. A energia a sua volta será essa que você está criando.

Então você me perguntará: Se eu acordar e me tornar uma pessoa positiva, estarei livre de problemas e tudo será um mar de rosas?

Não. De forma alguma. Todos nós temos de enfrentar desafios, tarefas e vivenciar experiências positivas e negativas. Mas quando você se transforma, você percebe que a mesma experiência pode ser vivenciada de diversas formas. Depende de como você enfrenta o problema. De como nos colocamos diante da vida.

Sorria, ame, vibre pensamentos positivos. Contemple o Sol que brilha todos os dias trazendo vida a este planeta e possibilitando sua existência. Pise na areia de uma praia e feche os olhos, receba a água do mar em seus pés, se deixe levar. Faça planos e se veja em situações de vitória, conquistas. Estabeleça metas e deixe os problemas para trás.

Just fell it. Love is in the air.

Jean Michel Torres.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não brigue com o relógio da Vida.

Como todo bom ansioso, adoro dias agitados. Tudo acontece, o tempo voa e o corpo tem que seguir a mente.

Com a calmaria a mente agitada não tem resposta, não há motivos para agitação. O corpo espera por algum acontecimento e não encontra. Cadê??

Esse tem sido um trabalho de formiguinha. Aquietar minha mente. Saber parar e analisar. Saber ponderar, programar, formular, aguardar.

Tudo tem seu tempo para acontecer. E na maioria das vezes não é o mesmo tempo nosso. O tempo embutido em nossas ansiedades, nossas aflições, nossas vontades.

O Equilíbrio é a minha resposta. A paciência.

Tente observar o movimento do Universo. Entenda que nada está parado por mais que pareça. Perceba que a vida acontece como uma grande engrenagem, cheia de dentes rodando. Dependendo do encaixe, a rotação é mais rápida ou mais lenta. Se você forçar uma roda, perderá a sincronia, travará o sistema e danificará essa engrenagem. Entendeu o que eu quis dizer??

Perceba a vida e deixe-a fluir. Não force. Não fique diante dela apenas agitado como que olha para um relógio esperando dar a hora de sair de um dia de trabalho.

Curta o tempo. Entre no ritmo dele. Harmonize-se.

O resultado é tão satisfatório e contagiante que vale o trabalho de “ajuste” dos ponteiros.

Tic Tac Tic Tac...

It’s time to do something about your life.

Jean Michel Torres.