sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mudanças

A vida nos apresenta como uma de suas características a mudança. Nada permanece para sempre. Chegamos ao mundo como bebês e a passagem do tempo nos transforma em crianças, depois em jovens, em adultos, em idosos e finalmente um dia, partimos novamente.
Em cada uma dessas fases existem mudanças. A passagem do tempo sem encarrega de nos trazer experiências que irão afetar nosso modo de sentir, de pensar e de interagir com o mundo. É o mundo externo, físico, nos trazendo situações que irão reagir com quem somos e com a forma que pensamos e sentimos.
Alguns acontecimentos irão encontrar idéias e pensamentos que se mostrarão imutáveis. Outros irão mudar a forma como pensamos e sentimos.
Entendo que as mudanças devem ser aceitas sem barreiras. Certas coisas irão acontecer de uma forma ou de outra, não importa o quanto você resista. É a vida se impondo. É a força dos acontecimentos.
Quando não resistimos e nos deixamos levar pelo rio dos acontecimentos deixamos a vida fluir naturalmente. Quando confiamos na sabedoria da vida, nos entregamos ao rio que nos leva ao mar. Até mesmo as rochas que parecem duras e resistentes são transformadas e moldadas pelas águas que seguem seu destino.
Na vida temos o costume de nos apegar ao que nos parece seguro. Por medo e falta de confiança nos apegamos a pessoas, a situações e comportamentos. Passamos a nos agarrar a comportamentos que a primeira vista são apenas reflexo do que somos e sentimos. E muitas vezes somos incompletos.
Temos nossos “buracos” sentimentais causados por medos, mágoas, carências e raivas. E então estes espaços vazios, que deveriam estar completos através de nossa auto-estima, nossa confiança, certeza e orgulho de quem somos, começam a ser preenchidos por pessoas, vícios, objetos e muitos outros fatores externos. E por serem externos nós não podemos dominá-los. Ao contrário, nos deixamos dominar e viramos reféns de tudo isso.
Quando nos apoiamos em algo que não somos nós mesmos, estamos minando nossa confiança de que somos capazes. Vamos dizendo e mostrando para nós mesmos que não temos força, que somos apenas vítimas do que a vida nos apresentou. Passamos a acreditar nisso e de que assim será até que algo externo nos proponha algo novo e transformador.
Eu quero um mundo melhor, um emprego melhor, um amor melhor, uma saúde melhor, uma vida melhor. Mas nada acontece para me tirar desta situação! Ai como a vida é injusta!
Acorde meu amigo! Perca o medo e entre no rio das mudanças!! Aceite a energia da transformação.
Procure uma academia, uma terapia, faça um curso, troque de emprego, separe-se, case, tenha filhos, viaje, leia novos livros, veja novos filmes, escute outro estilo de música, faça outro caminho até a padaria, coloque movimento em sua vida. Confie, persevere, faça-se forte.
São as nossas atitudes perante a vida que nos dirão quem realmente somos. Mude o modo como você se coloca diante da vida e ela responderá de acordo.
Olhe para frente e veja quem você quer ser. Preste atenção aos detalhes. Planeje a “reforma”. Trace metas, faça planos e sonhe. Quem não sonha não realiza. Mas não pare nos sonhos. Tenha atitude.
Sair da zona de conforto não será fácil. Toda mudança é dolorida. Mas é a força empreendida na liberação do casulo que irá determinar a capacidade de voar das asas da borboleta. Portanto, seja forte!
Perca o medo, mude e seja feliz.


Jean Michel Torres

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Café da manhã no McDonald's (autoria desconhecida)

Esta é uma bela história e é também uma história real, por favor, leia-a até o fim! (Após o final da história, alguns fatos bastante interessantes!)
Sou mãe de três crianças (14, 12 e 3 anos) e recentemente terminei a minha faculdade.

A última aula que assisti foi de sociologia...

O professor dava as aulas de uma maneira inspiradora, de uma maneira que eu gostaria que todos os seres humanos também pudessem ser.

O último projeto do curso era simplesmente chamado "Sorrir"...
A classe foi orientada a sair e sorrir para três estranhos e documentar suas reações...

Sou uma pessoa bastante amigável e normalmente sorrio para todos e digo oi de qualquer forma. Então, achei que isto seria muito tranquilo para mim...

Após o trabalho ser passado para nós, fui com meu marido e o mais novo de meus filhos numa manhã fria de Março ao McDonald's.

Foi apenas uma maneira de passarmos um tempo agradável com o nosso filho...

Estávamos esperando na fila para sermos atendidos, quando de repente todos a nosso redor começaram a ir para trás, e então o meu marido também fez o mesmo...

Não me movi um centímetro... Um sentimento arrebatador de pânico tomou conta de mim, e me virei para ver a razão pela qual todos se afastaram...

Quando me virei, senti um cheiro muito forte de uma pessoa que não toma banho há muitos dias, e lá estavam na fila dois pobres sem-teto..

Quando eu olhei ao pobre coitado, próximo a mim, ele estava "sorrindo"...

Seus olhos azuis estavam cheios da Luz de Deus, pois ele estava buscando apenas aceitação...

Ele disse, Bom dia!, enquanto contava as poucas moedas que ele tinha amealhado...

O segundo homem tremia suas mãos, e ficou atrás de seu amigo... Eu percebi que o segundo homem tinha problemas mentais e o senhor de olhos azuis era sua salvação..

Eu segurei minhas lágrimas, enquanto estava lá, parada, olhando para os dois...

A jovem mulher no balcão perguntou-os o que eles queriam...

Ele disse, "Café já está bom, por favor...", pois era tudo o que eles podiam comprar com as poucas moedas que possuiam... (Se eles quisessem apenas se sentar no restaurante para se esquentar naquela fria manhã de março, deveriam comprar algo. Ele apenas queria se esquentar)...

Então eu realmente sucumbi àquele momento, quase abraçando o pequeno senhor de olhos azuis....

Foi aí que notei que todos os olhos no restaurante estavam sobre mim, julgando cada pequena ação minha...

Eu sorri e pedi à moça no balcão que me desse mais duas refeições de café da manhã em uma bandeja separada...

Então, olhei em volta e vi a mesa em que os dois homens se sentaram para descansar... Coloquei a bandeja na mesa e coloquei minha mão sobre a mão do senhor de olhos azuis...

Ele olhou para mim, com lágrimas nos olhos e me disse, "Obrigado!!"

Eu me inclinei, acariciei sua mão e disse "Não fui eu quem fiz isto por você, Deus está aqui trabalhando através de mim para dar a você esperança!!"

Comecei a chorar enquanto me afastava deles para sentar com meu marido e meu filho.... Quando eu me sentei, meu marido sorriu para mim e me disse,"Esta é a razão pela qual Deus me deu você, querida, para que eu pudesse ter esperança!!"...

Seguramos nossas mãos por um momento, e sabíamos que pudemos dar aos outros hoje algo pois Deus nos tem dado muito.....

Nós não vamos muito à Igreja, porém acreditamos em Deus....

Aquele dia, me foi mostrada a Luz do Doce Amor de Deus...

Retornei à aula na faculdade, na última noite de aula, com esta história em minhas mãos.

Eu entreguei "meu projeto" ao professor e ele o leu...

E então, ele me perguntou: "Posso dividir isto com a classe?"

Eu consenti enquanto ele chamava a atenção da classe para o assunto...

Ele começou a ler o projeto para a classe e aí percebi que como seres humanos e como partes de Deus nós dividimos esta necessidade de curarmos pessoas e de sermos curados...

Do meu jeito, eu consegui tocar algumas pessoas no McDonald's, meu filho e o professor, e cada alma que dividia a classe comigo na última noite que passei como estudante universitária...

Eu me graduei com uma das maiores lições que certamente aprenderei:

ACEITAÇÃO INCONDICIONAL.

Que muito amor e muita compaixão seja enviada a todos que lerem esta mensagem e aprenderem a:

AMAR AS PESSOAS E USAR AS COISAS
E NÃO AMAR AS COISAS E USAR AS PESSOAS...



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Viagem interna...

Recentemente fui conhecer um retiro espiritual. Já tinha vontade de conhecer um lugar onde eu pudesse acalmar os pensamentos, meditar e vivenciar essa experiência e compartilhar com outras pessoas que também estivessem em busca de autoconhecimento.

Neste local são oferecidos cursos, palestras, workshops com duração de um final de semana. Na semana que eu fui tivemos o curso “Relacionamentos com Deus”. Na síntese esse curso tem o propósito de estreitar nosso relacionamento com Deus e mostrar as várias faces de Deus, o pai, a mãe, o irmão, o professor, o amigo.

Vivemos na Terra, encarnados neste corpo, e nossa consciência está voltada apenas para a matéria, pois é na matéria que estamos experimentando as nossas provas. Mas não podemos nos esquecer de que não somos este corpo. Não somos um corpo com alma, mas sim uma alma com corpo. Somos a alma, pura luz, sublime, não material, mas consciente de sua natureza divina. Fomos nos perdendo no caminho e esquecendo da alma, esquecendo de nós mesmos.

Quando despertamos a consciência da alma, quando entramos em contato com nosso Eu interior, nos desprendemos da matéria e percebemos que somos pura energia. Somos a imagem e semelhança de Deus. É então que percebemos a importância da “conexão” com Deus. Por quê? Imagine que no seu dia a dia, com as inúmeras provas e dificuldades que enfrentamos, nos sentimos fatigados, cansados, carentes. Isso é resultado da perda de energia vital. Nossa bateria está com a carga baixa. Através da meditação, da oração, da sua conexão com Deus, entramos em contato direto com a fonte de energia pura e ilimitada. Nesse momento somos abraçados por Deus, que sente nossa falta e nos espera para essa visita. Um Deus que respeita o livre arbítrio e não nos força a nada, apenas espera pacientemente pela nossa presença, pelo nosso retorno.

Nossa alma sente falta dessa energia, desse poder. Nossa alma se sente vazia quando perdemos este contato. É por isso que ainda existem grandes guerras, lutas e brigas entre os seres humanos. O ser humano ligado a matéria, busca energia em fontes equivocadas. Todo pensamento, ação, sentimento é carregado de energia. Então ao discutirmos, ao travarmos uma briga, estamos lutando por energia, estamos manipulando de forma errônea a energia. Tentamos preencher o vazio da alma com coisas materiais, relacionamentos vazios, poder político, social. Em vão.

Ao perceber que se conectando com Deus é possível recarregar a bateria, é possível se sentir preenchido pelo amor, o ser humano percebe que toda essa briga é desnecessária. Existe uma fonte eterna de energia, de amor. O amor transborda pelos seres que despertaram, pois estes já perceberam que é possível doar amor através de sua existência, seus atos e pensamentos. Fica para mim cada vez mais claro que de o amor transforma minha vida. Preenchido pelo amor divino já não me sinto inseguro pois sei que toda essa força, todo este poder está vivo dentro de mim, ao meu alcance. Claro que não é uma mágica que vai transformar uma vida inteira de vícios comportamentais e sentimentais de uma hora para outra. É um trabalho diário, de conexão, meditação, percepção e doação.

Mergulhada em angústias, pesares e sofrimentos, a humanidade cria ao seu redor uma camada densa de energia negativa. Ao despertar para o amor, o ser humano combate essa energia. É a briga entre o bem e o mal. Mas é chegado o momento de despertar para muitos de nós. Estamos sendo chamados, sentimos isso! Somos anjos na terra. Somos mensageiros de Deus, cada um de nós!

Viva de maneira a receber e distribuir o amor, espalhe e contagie a humanidade com seu amor. Quando então a energia positiva ao redor da Terra for maior que a energia negativa, então a Terra poderá evoluir. Sairemos do mundo de expiação para o mundo de regeneração. Aprenderemos tantas coisas novas, haverá tanto a transformar, regenerar e construir. Haverá tanta ajuda e cooperação entre os seres que aqui habitam.

Mas não se esqueçam de que a Terra é um ser vivo, e que ela também deseja evoluir para este novo patamar de energia. Façam a seguinte pergunta: Quem está atrapalhando esta evolução? Quem está permeando a crosta da Terra com energia negativa? Se você fosse a Terra, como se defenderia? Quem tentaria eliminar através de sua força? Isto explica algumas coisas não é mesmo??

A Terra tem pressa, não quer perder a chance de evoluir e para isso fará o serviço necessário. Fará ao seu modo a sua “limpeza”. Mas não se preocupem os puros de coração, pois nada é por acaso e todos temos nossos papéis definidos nesta nova etapa. Confie!

Incrível como uma simples mudança interna pode transformar o mundo em que vivemos. Posso estar errado? Posso estar louco? Quem sabe?! Mas nunca me senti tão lúcido e vivo. Sigo fazendo o que considero ser a minha parte. Autoconhecimento.

Veritas vos liberabit.

"A Verdade vos Libertará". (João 8:32).

Jean Michel Torres.
 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O voluntário

Esta semana no trabalho voluntário passei pela primeira situação onde senti vontade de chorar. Trabalho como voluntário no administrativo de um grupo de voluntariado, dentro de um hospital. Além das funções administrativas costumo ajudar na brinquedoteca. Como na brinquedoteca só podem comparecer as crianças cujo quadro clínico permita este tipo de exposição, nunca tive contato com nenhuma criança extremamente debilitada. Algumas estão magras, abatidas, com soro ou em cadeira de rodas, mas sempre em condições de uma conversa, uma brincadeira ou um sorriso.

Foi então que eu conheci Mariana*, uma menina de aproximadamente 3 anos, que chegou na sala de cadeira de rodas, soro e sonda urinária. Mariana não falava muito e nem sorria. Aos poucos fomos oferecendo brinquedos e jogos para ela escolher os de sua preferência e fomos juntos viajando pelo mundo das brincadeiras. Aos poucos Mariana foi se soltando, interagindo e até mesmo sorrindo.

Foram duas horas onde vi o gelo ser quebrado, e a aflição de estar doente dar lugar ao mundo de criança. Acho que criança não deveria sofrer, não deveria adoecer, sentir dor, nem ser magoada. Deveria existir algo que impedisse isso. Eu olhava para aquela criança e tudo que eu conseguia pensar e pedir dentro de mim é que Deus lhe curasse, lhe tirasse a enfermidade, que ela ficasse boa e pudesse deixar o hospital. Longe de ter super poderes, sei que não poderia realizar estes desejos, mas também sei do poder dos pensamentos e da energia de uma oração.

Senti-me feliz por estar ali, proporcionando aquele sorriso à Mariana. Senti-me grato por poder doar a ela algo além do material e que naquele momento teria um valor muito maior do que qualquer brinquedo. Senti ali o valor da caridade, o valor do voluntariado.

Quando terminamos nosso período de funcionamento da brinquedoteca eu fui levar Mariana ao seu leito. Entrei com ela no quarto e percebi que não havia ninguém ali além de nós dois. Perguntei a ela quem estava a acompanhando e ela me disse que era sua mãe, mas que havia saído para comprar roupas.

Fui até as enfermeiras e perguntei se aquela garotinha estava mesmo sozinha no quarto. Elas me disseram que sim. Que a mãe dela havia saído e que sempre deixava a Mariana sozinha. Não consegui entender, nem aceitar aquilo. Não sou capaz de compreender como uma mãe pode deixar sua filha de três anos sozinha em um quarto de hospital.

Por dentro eu me remoia enquanto não deixava as lágrimas escaparem. Lembrei que tive a felicidade de ter uma família que sempre esteve ao meu lado nos momentos de enfermidade. Que meus pais, tios e avós sempre se preocuparam comigo e me ampararam nas horas mais difíceis. Olhei para aquela garotinha tão pequenina e lembrei-me das minhas irmãs. Com o coração e meus pensamentos eu a abracei na intenção de confortá-la.

Fiquei um pouco mais no quarto com Mariana a distraindo enquanto todas essas questões e tristezas passavam pela minha mente e pelo meu coração. Entendi que eu não poderia ficar ali pra sempre. Que eu não estaria ali com a Mariana todas as vezes que a mãe dela a deixasse sozinha. Entendi que para que meu trabalho como voluntário fosse realizado da maneira correta, eu deveria deixar Mariana ali, assim como a encontrei.

Eu posso oferecer duas horas semanais do meu tempo, do meu carinho e da minha dedicação ao serviço voluntário, mas não posso esquecer quais são os meus limites, que não posso mudar o mundo daqueles que encontro pela frente. Tenho que acreditar que fazendo a minha parte estou mudando o mundo de todos nós.

Nestes últimos dias Mariana tem estado em minhas orações, vibrações e no meu coração. Peço a Deus que esteja sempre por perto a amparando e que ela possa se curar em breve.

Quanto a mim sigo em frente, tentando não me abater pelas coisas que vejo por aí enquanto tento fazer alguma diferença neste mesmo mundo.

Jean Michel Torres.
 
* Mariana é um nome que escolhi para não expor a garotinha.
 
 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Todo dia é dia de recomeçar?

Todos nós temos algo que queremos fazer ou mudar em nossas vidas. Algumas coisas mais fáceis e outras mais complexas. Iniciar um regime, entrar na academia, parar de fumar, iniciar uma terapia, procurar um emprego melhor, criar coragem para terminar um relacionamento e por aí vai.

Sempre que me proponho a fazer alguma dessas coisas e percebo que não consegui, sinto uma enorme frustração. Sinto aquela sensação de que o problema é maior do eu ou de que eu não sou sequer capaz de levar adiante as minhas resoluções. Nesses dias parece-me que o mundo está contra mim, que Deus me odeia, que nada jamais dará certo entre outros sentimentos.

Mas também é nesse tipo de dia que eu paro para refletir, questionar, entender os porquês. Por que eu não consegui parar de fumar? Por que eu não tive coragem de dizer que o amor acabou?

Na terapia aprendi a olhar o problema por todos os prismas. Se eu não consigo deixar um vício de lado, não pergunto apenas porque eu não consigo fazer isso, mas começo a questionar outras coisas, buscar outras respostas.

Desde quando tenho esse vício? Ele aumenta ou diminui em alguma situação específica? Que sensação ele me causa? O que ele me proporciona além do prazer? O que me leva a sentir essa vontade? O que me prende a isso?

Se jogar cartas aumenta minha vontade de fumar, que tal deixar de jogar cartas por um tempo? Se beber aumenta minha vontade de discutir ou ser agressivo, que tal parar de beber? Se conhecer pessoas na balada me leva a relacionamentos sem futuro, que tal conhecer pessoas de outra forma?

Entendo que essa não é a solução final para esse ou aquele problema. A análise e outras abordagens a fundo podem ser uma solução definitiva. Mas e quando precisamos de uma saída agora? Uma saída de emergência? Será que circundando o problema desta forma e tentando evitar as situações que nos levam a ele não conseguimos nos afastar dele?

E se ao invés de jogar cartas eu começar a ir ao cinema? Se ao invés de beber eu ficar no refrigerante, suco e água? Se ao invés de freqüentar apenas baladas eu buscar outras atividades sociais?

Será que ao mudar de trajeto e não passar mais em frente ao bar no caminho para casa, não diminui a tentação daquele que se entrega ao álcool? Há tantos outros caminhos. Por que não tentar?

O importante é não desistir. Não achar que não se é capaz de mudar isso ou aquilo. É buscar outras saídas, alternativas, outros caminhos. Quem sabe o que os novos caminhos podem oferecer? Naquela rua pode morar a pessoa que um dia você irá esbarrar e será o amor da sua vida. Naquele caminho pode estar uma instituição que você vai começar a ajudar e ocupar o seu tempo. São infinitas as possibilidades as quais não devemos ter medo de tentar.

Não desanime, pois hoje é sim dia de recomeçar!


Jean Michel Torres.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Feliz Ano Novo!!

Mais um ano se inicia...

Momento em que a maioria de nós aproveita pra fazer um balanço sobre o ano que passou e traçar metas e objetivos para o novo ano. Momento de esquecer as tristezas e renovar as esperanças. Momento de celebrar a vida, celebrar nossas conquistas, celebrar quem somos e como somos.

Tem muita coisa que quero mudar na minha vida, em mim. E pensar nisso pode ser frustrante, se o foco for aquilo que está “errado” ou pode ser animador se o foco for a sensação de querer mudar, transformar. O mais comum no dia-dia é o foco pessimista. Só enxergamos problemas, dificuldades, erros e defeitos. A auto crítica não perdoa!

Mas e minhas qualidades, e tudo que representa quem sou, o que vivi até hoje, minhas experiências, minhas escolhas, elas não tem seu mérito?? Claro que sim. Não sou perfeito mas quem o é?! Olho para o lado e vejo tantas coisas erradas, tanto comportamento sem moral, sem sentimento, sem coração, sem amor.

Já errei? Sim, mas sempre no intuito de acertar, sempre pensando em não machucar o outro, não ferir a individualidade alheia. E no caminho não deixo inimigos, desafetos nem nada parecido. Pessoas que não agradei? Provavelmente sim. Impossível agradar a todos. Corações partidos? Sim, posso ter deixado alguns em algum lugar. Mas muito seguro de ter dado o melhor de mim. Minha sinceridade, minha verdade, minha transparência.

Este ano quero ser mais seguro, mais individualista, mais equilibrado emocionalmente, mais forte. Quero construir um novo Jean. Quero amar mais o Jean. Quero preparar melhor o Jean.

Como é um novo ano, é o momento ideal de planejar, idealizar, fazer planos e traçar metas para alcançar estes objetivos. Mas a principal meta é não me esquecer disto nos 364 dias restantes do ano. Todo dia é dia de acordar e dizer: Hoje estou construindo a minha felicidade, o meu dia. Hoje a alegria de viver depende apenas, única e exclusivamente de mim.

Mas como fazer isso? Como construir essa “nova” pessoa ou esse cara que eu quero ser??

Eu fiz uma lista de setores da vida como relacionamentos, profissional, saúde e bem estar, financeiro e outros. Dentro de cada um destes setores destaquei pontos de atuação, como cursos, atividades que podem fortalecer cada um destes campos, e ao lado qual o status destas atividades.

Vai dar certo? Não sei. Mas se fiz é porque acredito que seja possível. Acho que identificar estes setores diversos já nos ajuda e enfrentar os problemas, pensar em soluções e principalmente tirar o foco de uma única situação, deixando outros setores totalmente abandonados.

Em alguns momentos é necessário “organizar” a vida. Tomar as rédeas do seu dia. Não deixar a vida seguir no piloto automático. Porque a mente engana e vai procurar se acomodar no mais “seguro”. Vai evitar mudanças e confrontos. E com isso nos bloqueia para o novo, para o melhor, para outras sensações e experiências. Teremos sempre mais do mesmo. E definitivamente não quero isso pra mim.

Estou muito feliz hoje por ter chegado até aqui. Feliz por “perceber” a vida em suas mais diferentes nuances. Feliz por enxergar tudo que hoje eu consigo enxergar. Por celebrar os momentos maravilhosos e tentar aprender algo com os problemas. Ainda sofro com as dificuldades? Sim, claro. Mas não me entrego a estas dores. Respiro fundo, me acalmo e coloco foco naquilo que posso tirar de lição desta situação. O que a vida quer me mostrar com esse “problema”? O que posso aprender com isso? Como eu vim reagindo a situações como esta e como posso mudar a minha reação?

Parece apenas poético dizer que os problemas serão maiores ou menores dependendo de como os enfrentamos. Mas não é. É questão de força interior. Hoje eu posso erguer 10 quilos, mas se eu treinar mais, em breve poderei erguer 15 quilos, 20 quilos e assim por diante. O mesmo ocorre na força interior. Se eu me fortaleço terei mais força para enfrentar a vida e suas turbulências. E aquele problema de ontem, que era muito pesado pra você, hoje pode ser fácil de resolver ou conviver.

Em 2011 quero muitas alegrias, conquistas e momentos de tirar o fôlego. Mas quero acima de tudo vencer meus medos, minhas travas e meus bloqueios. Se este objetivo for alcançado, nada nem ninguém poderá me segurar. Não será uma tarefa simples. Mas o sabor da vitória será inesquecível.

Um brinde a 2011.

Jean Michel Torres.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A ferida

Perdido em mim já não sei como voltar.

Perdido em algum lugar que preciso encontrar.

Perdido em algum momento no tempo, na história, no sentimento.

A mente engana, o coração inflama e o corpo reclama.

Cavar fundo, fundo e mais fundo.

Tiro a casca e cutuco a ferida esquecida.

Se doer, não vou remoer, mas quero morrer.

Se eu encontrar vou dissecar e talvez curar.

Preciso disso pra me libertar, respirar, relaxar.

Se eu remover a ferida, no ponto de partida,

Vou poder viver, não vou mais sofrer e não vai mais doer.

Jean Michel Torres.