terça-feira, 28 de setembro de 2010

Escolhas

A todo momento a vida nos coloca diante de situações onde temos que fazer alguma escolha. Esta escolha nos levará a uma situação que a princípio pode ser “boa” ou “ruim”. Por quê, eu digo a princípio? Porque nem sempre algo que parece bom pode realmente ser. Se a sua decisão te levou a um caminho fácil de percorrer e que não te trouxe nenhum aprendizado, será ela melhor do que uma decisão que te levasse a um caminho cheio de obstáculos? Não são os obstáculos e as dificuldades as verdadeiras provas do espírito? Não é aí que encontramos a oportunidade de vencer, superar, crescer e evoluir?

Claro que se eu optar pelo caminho mais difícil e cheio de provas posso me colocar diante dele de diversas formas. Posso olhar para as dificuldades e lamentar, chorar, me arrepender de ter escolhido este caminho, travar diante do desespero ou posso lembrar que sou uma fortaleza, que sou poderoso, que tenho dentro de mim a força do criador, ou do universo (aí depende de sua crença) e pensar: Este caminho é fruto das minhas escolhas e por mais difícil que ele possa parecer, ainda assim ele não é maior do que a minha capacidade de vencê-lo.

E ainda assim vencê-lo pode ter mais de uma interpretação. A vitória e o prêmio podem ser subjetivos. Você pode chegar à linha de cruzada em último lugar, ter caído inúmeras vezes pelo caminho, estar cheio de arranhões e hematomas pelo corpo e ainda assim ser um vencedor. Porque você seguiu em frente. Você se levantou a cada queda. O vencedor é aquele que acredita, que tira forças de onde muitos enxergam apenas dor. O vencedor se orgulhará do seu resultado sem se importar com as comparações. Ele sabe e tem orgulho do caminho que trilhou. A vitória já estava lá, dentro dele, desde o inicio.

Às vezes fazemos escolhas, que resultam em situações complicadas, que poderiam ter sido evitadas se as escolhas tivessem sido outras. Sentimos aquele aperto no peito, aquela sensação de erro, de escolha errada, de engano e nos perguntamos: Por que escolhi esse caminho? Por que eu não pensei melhor? Por que eu não consegui tomar o outro caminho?

Acho importante não fazer essas perguntas a si mesmo com sentimento de arrependimento, de tristeza. Isso não ajuda, não alavanca e não muda o que passou. É importante um questionamento centrado, algo que te ajude e te prepare para as próximas escolhas. É um momento de reflexão, livre de culpas e preconceitos. É o momento de assumir a responsabilidade por suas escolhas, lembrar que esta foi a melhor decisão que você pode tomar naquele momento de sua vida e que você está pronto para seguir em frente.

Este é o momento de analisar o resultado de suas escolhas e tirar dele o máximo possível de proveito. Comemorar os acertos e aprender com os erros.
Você também pode continuar a escolher apenas o que é mais fácil e se colocar de vítima diante de cada dificuldade.

Lembre-se que a vida será para você de acordo como você se coloca diante dela. E agora? Qual a sua escolha?

Jean Michel Torres.



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