segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aniversário

Ontem comemorei meus 33 anos. Foi uma comemoração familiar, junto com o Dia dos Pais. Fomos ao Clube de Campo de onde somos sócios para um churrasco no quiosque, junto à natureza.

Foi muito gostoso, muito bom. Reunir a família e festejar alguma data é sempre motivo de alegria. Mesmo quando a família tem suas diferenças, e qual família não a tem, ainda assim é gostoso sentir o clima. Ver todos reunidos no mesmo espaço, ver as conversas acontecendo aqui e ali, tirar fotos, degustar um churrasco e comer bolo de aniversário.

Há alguns anos atrás eu me importava mais com onde eu iria comemorar. Em qual balada? Quem vai? Qual o DJ? O que vou beber? Mas com o passar dos anos nossa cabeça vai mudando. Alguns dirão: Está ficando velho! Mas eu digo que não me sinto velho não. Acho que amadurecer não tem data. Claro que vamos ficando mais maduros com o passar do tempo. Mas alguns amadurecem mais cedo, outros mais tarde, outros praticamente não amadurecem.

Se hoje as baladas e festas já não são tão importantes para mim, não significa que não continuo jovem por dentro e por fora. Apenas mudei meu foco. O que me dá prazer e alegria é diferente do que o era anteriormente. Não estou me tornando um velho pelancudo e barrigudo que gosta de ficar sentado vendo TV e deixando o tempo passar. Mais do que nunca estou em busca de viver.

Hoje vejo um novo leque de opções a minha frente. Novas possibilidades que não se resumem a ir todos os finais de semana na mesma casa noturna. Dançar a música do momento, ver as mesmas pessoas com suas melhores roupas, ficando com os mais belos e anotando seus telefones em seus melhores celulares para depois não ligar e fazer disso um orgulho blasé.

Mas não é uma crítica. Cada um vive como quer e para cada estilo de vida temos diversos representantes que fazem dessa mais uma das inúmeras opções de como se divertir e levar a vida. Eu mesmo nunca fui assim mesmo vivendo nesse meio. Sempre soube tirar para mim o que melhor eu pude deste cenário. Tive meus amigos, meus amores, minhas histórias para contar e outras para esquecer.

Mas a vida vai mostrando sua face e você vai aprendendo a vivê-la de outras formas e nuances. Com outras cores e sabores. E aprende que o de sempre cansa mas vicia. Que é preciso esforço para romper a casca, para sair do casulo, para quebrar a rotina. Que ás vezes gastamos muito tempo tentando ser igual a todos para ser feliz, e do nada, descobrimos que ser diferente nos faz mais feliz. O processo é dolorido e prazeroso. Dolorido porque requer despedidas, mudanças de caminho, a saída do caminho conhecido para o desconhecido. É sair da “zona de conforto”. Prazeroso porque a aventura revigora, rejuvenesce. Porque você percebe que pode mais, que tem mais por vir, que existem outras opções e caminhos a serem seguidos.

É gostoso descobrir que a felicidade não está no que passou e nem no que virá pela frente. Ela está no aqui e agora. A felicidade não é mais um destino e sim o caminho percorrido. É o caminho que você percorre. Está em você e te seguirá por onde você for. Nada, nem ninguém poder tirar isso de você se você realmente aprendeu a lição. Mas não se engane em achar-se o mais orgulhoso dos seres. Isso é apenas a estreita visão que tenho hoje. Tudo pode mudar! Eu posso mudar. E como será então? Não há como saber. Por que é uma experiência individual e única. Só vivendo pra saber. Este é apenas o começo de uma longa e misteriosa jornada chamada EXISTÊNCIA!

Jean Michel Torres.




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